Sob protestos, vereadores de Barbosa Ferraz aprovam reajuste em salários de prefeito, vice e secretários

Publicado em 5 jul 2022, às 11h59.

A Câmara de Vereadores de Barbosa Ferraz, no interior do Paraná, aprovou, m sessão realizada na noite desta segunda-feira (4), o reajuste nos salários do prefeito, vice, secretários municipais e outros cargos comissionados. O aumento para determinadas funções chega a 67,5%. A sessão ocorreu em clima polêmico, sob protestos de moradores.

O projeto foi aprovado em primeira votação e deverá ser submetido a mais duas votações antes de entrar em vigor. O texto propõe que o prefeito, que atualmente ganha um salário mensal de R$ 18.697,15, passe a receber R$ 22,9 mil, alta de 22,5%.

O vice e os secretários, que têm vencimentos de R$ 4.364,89, devem ter seus salários reajustados em 48,9%, passando a ganhar R$ 6,5 mil. O maior reajuste proporcional é para quem ocupa a assessoria jurídica da prefeitura: alta de 67,5% no salário, passando de R$ 2.745,99 para R$ 4,6 mil. Procurador jurídico, controlador geral, diretores de departamento, diretores gerais e chefes de divisão também terão salários aumentados.

Justificativas

Edenilson Aparecido Miliossi, prefeito de Barbosa Ferraz, justifica a medida dizendo que o reajuste é necessário para viabilizar a contratação de médicos pelo município. “Por lei, ninguém pode receber menos do que o prefeito. Por isso, não estávamos conseguindo contratar médicos. A demanda por médicos é altíssima no nosso município. Desta forma, houve a necessidade do reajuste salarial”, afirma.

“Com relação aos outros cargos da administração pública, havia uma defasagem nos valores. Havia funcionários que ganhavam consideravelmente mais do que seus chefes diretos. Acreditamos que o reajuste destes salários é uma correção justa. E se o município tem condições de pagar, nada mais justo do que dar esta valorização ao servidor”, explica o prefeito.

A reportagem entrou em contato com o presidente da Câmara dos Vereadores de Barbosa Ferraz, José Augusto Alves de Macedo, que afirmou que não irá se manifestar sobre a aprovação do aumento dos salários.