Simone Tebet assume o Planejamento e diz que vai deixar "divergências para depois"

Publicado em 5 jan 2023, às 12h43. Atualizado às 13h25.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, empossada nesta quinta-feira (5), afirmou que “foi parar” em uma área na qual tem divergência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de preferir uma pasta social, mas ponderou que atuará em conjunto com os colegas da equipe econômica e que “vamos deixar as divergências, se é que haverá alguma, para depois”.

Em cerimônia de posse no Palácio do Planalto, Tebet fez coro com afirmações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao declarar que não há política social efetiva sem responsabilidade fiscal.

Segundo ela, ao externar a Lula que tinha visões econômicas distintas dos membros de sua equipe, ele mostrou ser um democrata e não querer “apenas os iguais, mas os diferentes para se somarem”.

“Não vamos descuidar dos gastos públicos, aí se verá o nosso lado firme, austero, mas conciliador”, disse. “Comungamos com a visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da necessidade de cuidar dos gastos públicos e da aprovação urgente de uma reforma tributária”.

A ministra, quadro político da centro-direita, é parte da aliança que Lula compôs fora da esquerda na campanha para conseguir se eleger.

Em seu discurso, Tebet disse que era uma honra estar ao lado do vice-presidente e agora ministro da Indústria e Comércio Geraldo Alckmin; de Haddad, “o mais importante ministro da Esplanada”, e de Esther Dweck, ministra da Gestão. “Seremos quatro, um quarteto a favor do Brasil”, afirmou.