Tendência é crescimento da abstenção no Paraná neste segundo turno

Curitiba, Londrina e Ponta Grossa apresentaram crescimento no número de eleitores faltantes no primeiro turno

Publicado em 22 out 2024, às 21h36.

A abstenção de eleitores no Paraná cresceu no primeiro turno. Somente em Curitiba, 27,74% dos cerca de 395 mil eleitores aptos não compareceram às urnas, o que representa alta de 30,18% na comparação com 2020.

Tendência é crescimento da abstenção no Paraná neste segundo turno
Mais de 2 milhões de eleitores estão aptos para votarem neste domingo. (Foto: Divulgação/TRE-PR)

Essa alta taxa de abstenção também foi registrada nas demais cidades do Paraná que terão segundo turno: Em Londrina o número foi de 27,27% entre 399.730 eleitores – crescimento de 25,87% em comparação com 2020, enquanto que em Ponta Grossa os eleitores faltantes chegaram a 23,98% dos 259.463 totais, com alta de 23,02%.

Com esse cenário, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) chegou a lançar uma campanha em prol do incentivo aos eleitores comparecerem às urnas.

“Toda eleição é importante, mas o pleito municipal talvez seja um dos mais importantes porque afeta o dia a dia do cidadão”, declarou o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson.

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Mas o que explica esse crescimento da abstenção nestas eleições municipais?

Para o cientista político na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador do Laboratorio de Pesquisa em Ensino Superior (LAPeS), Bruno Bolognesi, a proximidade no espectro político entre os candidatos nas três cidades pode impactar nesse fenômeno também no segundo turno.

“Eu acho que o principal fator é que você tem uma indiferenciação de candidatos. Você tem candidatos que são muito parecidos, o vice do candidato da situação é muito parecido com a candidata que está aí. Então, eu acho que esse é o principal fator que faz as pessoas não enxergarem que vão fazer a diferença”, explica Bolognesi.

Em Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml tem publicamente disputado quem seria o ‘candidato de direita’ na disputa. Já em Londrina, Tiago Amaral (PSD) e Maria Tereza (PP) também têm disputado essa faixa do eleitorado. Por fim, em Ponta Grossa, a revanche entre Elizabeth Schmidt (UNIÃO) e Mabel Canto (PSDB) conta com duas candidatas de centro.

“O desafio dos candidatos de segundo turno não é exatamente fazer as pessoas comparecerem, não comparecer ajuda o candidato que está em primeiro lugar, mas é justamente um se diferenciar do outro. Eu acho que isso é o principal motivo para poder atrair os votos de quem votou em terceiros no primeiro turno”, prossegue o cientista político.

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