Ônibus elétricos ou VLT's? Transporte de Curitiba é assunto em debate à prefeitura

Durante o primeiro debate do segundo turno em Curitiba, que acontece na noite desta segunda-feira (14), os candidatos à prefeitura Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) discutiram sobre o transporte público da cidade.

Redução da poluição ao meio ambiente por transportes coletivos

Eduardo Pimentel defendeu a continuidade e a expansão do modelo atual, que já vem sendo aplicado durante a gestão como vice-prefeito, ao lado do atual prefeito Rafael Greca (PSD). Segundo Pimentel, a solução está na implementação de ônibus elétricos, que contribuem para a redução da poluição do ar.

“Nós apostamos no transporte coletivo como o modal mais eficaz para Curitiba, com a introdução de ônibus elétricos, que são uma alternativa sustentável e moderna para a cidade”, afirmou o candidato durante o debate realizado pela Band TV.

Cristina Graeml, por sua vez, criticou a proposta de Pimentel, argumentando que os ônibus elétricos utilizam baterias que também poluem o meio ambiente. A candidata defendeu a introdução do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como um modal alternativo.

“A gestão Greca-Pimentel insiste nos ônibus, inclusive os elétricos, que têm baterias poluentes. Nós sugerimos o VLT como outra solução, pois ele não polui”, disse Graeml.

Durante o debate, a candidata do PMB destacou que sua proposta para o transporte público não foi construída apenas por ela e seu candidato a vice, mas por um grupo de 200 cidadãos de Curitiba.

“Esse plano de governo foi elaborado com a participação de curitibanos, que não apenas me pediram para ser candidata, mas também me ajudaram a compreender os problemas da cidade”, disse Graeml.

Pimentel rebateu as críticas e defendeu as ações de sua gestão, destacando os avanços feitos no transporte público durante os últimos anos e reafirmou que a continuidade de seu projeto é essencial para manter Curitiba no caminho da inovação sustentável.

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Planos de governo para o transporte público

Eduardo Pimentel criticou diretamente a proposta de Cristina Graeml ao citar o plano de governo da candidata.

“Eu li na página 45, no terceiro parágrafo do programa de governo da candidata Cristina Graeml, que diz o seguinte, dentro da proposta de transporte coletivo, abre aspas, ‘cobrança de passagens proporcional ao uso do transporte público’. Você que mora no Tatuquara, no Sítio Cercado, na CIC, no Boqueirão, no Cajuru, no Atuba, no Bairro Alto e no Santa Cândida, vai pagar mais para chegar ao centro da cidade do que quem mora no Batel ou no Cabral. Isso é grave”, afirmou Pimentel.

O candidato destacou que a proposta da adversária acabaria com a passagem única, gerando, segundo ele, desigualdade no custo do transporte para quem mora mais longe.

Cristina Graeml respondeu defendendo a proposta de cobrança por distância percorrida e criticou o atual sistema. “Agradeço demais pelo seu interesse no meu plano de governo. O que queremos é reduzir essa passagem abusiva de R$ 6 que o atual governo manteve”, afirmou.

A candidata também criticou a tentativa da atual gestão de implementar uma tarifa reduzida nas vésperas da campanha eleitoral, algo que foi barrado pela justiça. “Tentaram fazer uma passagem eleitoreira”, declarou.

Sobre a cobrança proporcional ao uso do transporte, Graeml explicou que o objetivo é criar um sistema mais justo. “O que a gente quer implantar é um sistema justo para que o morador do centro pague de acordo com a distância percorrida, enquanto quem mora na região metropolitana ou em bairros mais distantes pague uma tarifa proporcional ao trajeto que faz”, afirmou. Ela também destacou que o novo modal proposto por sua campanha, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), seria uma solução para otimizar o transporte de longa distância.

Pimentel manteve a crítica e afirmou que o sistema de cobrança proposto por Graeml penalizaria as pessoas de classe baixa. “Ela confirma que quem mora longe vai pagar mais, isso não é justo com a cidade de Curitiba”, disse.

O candidato do PSD reiterou sua defesa da passagem única e destacou que a proposta para o transporte coletivo inclui a nova concessão do sistema, prevista para o segundo semestre de 2024, além da modernização da infraestrutura com a ampliação do Inter 2 e do Ligeirão Leste-Oeste.

“Estamos diminuindo o tempo de deslocamento e investindo em terminais e obras que vão melhorar o conforto dos usuários”, acrescentou.

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