Transporte público e queda no número de passageiros são temas de debate em Curitiba
A implantação do metrô e do VLT, bem como a redução no valor da tarifa foram debatidos pelos candidatos a prefeito da capital paranaense
O transporte público de Curitiba e adoção de novos modais como metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) movimentaram os candidatos a prefeito da capital paranaense em debate nesta quinta-feira (3).
Os temas foram discutidos durante debate promovido pela RPC e contou com a presença de oito candidatos à Prefeitura de Curitiba: Cristina Graeml (PMB), Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (SD), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (UNIÃO), Professora Andrea Caldas (PSOL) e Roberto Requião (Mobiliza).
O transporte público tem sido debatido desde o início da corrida eleitoral em Curitiba, em especial com críticas dos candidatos à atual gestão sobre o valor de R$ 6 na passagem dos ônibus da capital paranaense.
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Nesta quinta-feira, Pimentel questionou Ducci sobre os planos do ex-prefeito para o transporte público de Curitiba em uma possível nova gestão.
“Nós vamos fazer uma grande transformação. Tarifa zero aos domingos. Mudança na matriz energética, trocar 30% da frota até 2030 e 100% até 2050. Nos dois primeiros anos a frota será movida a biocombustível”. explicou Ducci.
O ex-prefeito também defendeu que irá retomar o projeto do metrô na capital paranaense, feito sob a gestão dele em 2008.
“Levar o projeto do metrô para o Governo Federal e verificar a viabilidade no PAC Mobilidade. Da mesma forma, o VLT de Curitiba a São José dos Pinhais, com essa ligação até o Aeroporto”, prosseguiu Ducci.
Na réplica, Pimentel apontou que há planos para redução no valor da tarifa e para ampliar a integração no transporte público.
“Já contatamos o BNDES para o novo edital de licitação para a nova concessão do transporte coletivo para o ano e a partir disso vamos discutir a redução no valor da tarifa. Também vamos introduzir mais ônibus elétricos na frota, tarifa de R$ 3 aos domingos e feriados e tarifa zero para pessoas em situação de desemprego”, pontuou o vice-prefeito.
A tréplica de Ducci finalizou que é preciso diminuir o valor da tarifa do transporte público para que se pare a queda no número de passageiros em Curitiba.
“Precisamos ter um transporte coletivo com integração temporal com uma tarifa justa uma tarifa baixa que possa a todas as pessoas possam voltar a circular de ônibus na nossa cidade de forma segura”, finalizou o ex-prefeito.
Ainda no primeiro bloco, durante embate entre Cristina e Requião, o candidato do Mobiliza também criticou o transporte público de Curitiba.
“A frota pública não é ampliada e é colocada a piada dos ônibus elétricos. Aí hoje o povo não tem transporte na hora do trabalho”, pontuou o ex-governador.
O tema voltou a ser debatido no segundo bloco, com Pimentel tendo questionado Luizão sobre o valor da tarifa do transporte público em Curitiba.
“A média da tarifa no Brasil está em torno de R$ 4, R$ 4,50. Porque Curitiba tem que ter essa tarifa alta? A licitação do transporte feita na gestão de Luciano Ducci não teve muita transparência, mesmas empresas no controle e com subsídios da Prefeitura”, respondeu Luizão.
O ex-prefeito de Pinhais ainda sugeriu que irá criar uma comissão com representantes dos sindicatos dos trabalhadores, do Ministério Público e do Tribunal de Contas.
Pimentel utilizou a réplica para apontar que linhas de integração com os municípios da Região Metropolitana foram inseridas recentemente, bem como a próxima licitação do transporte público é “uma grande janela” para reduzir o valor da tarifa.
Na tréplica, Luizão reforçou a importância de maior discussão pública antes da assinatura do novo contrato de licitação do transporte público. O ex-prefeito de Pinhais ainda criticou o vínculo da Prefeitura com o BNDES antes mesmo da assinatura desse novo contrato.
O tema voltou a ser debatido no último bloco, quando Maria Victoria mencionou que uma das propostas para o setor é a criação do VLP (Veículo Leve sobre Pneus).
“Nós queremos fazer o VLP, com 16 quilômetros em linha reta, conectando o Terminal Rodoferroviário com o Aeroporto Afonso Pena. Será um novo cartão postal para a nossa cidade. O VLP é mais sustentável e viável economicamente que o metrô”, explicou a deputada.
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