Vagas em creches movimenta debate com candidatos a prefeito de Curitiba

As vagas em creches de Curitiba e outras pautas ligadas voltadas ao setor de educação movimentaram os candidatos a prefeito da capital paranaense em debate nesta quinta-feira (3).

O tema foi discutido durante debate promovido pela RPC e contou com a presença de oito candidatos à Prefeitura de Curitiba: Cristina Graeml (PMB), Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (SD), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (UNIÃO), Professora Andrea Caldas (PSOL) e Roberto Requião (Mobiliza).

A falta de vagas em creches tem sido debatido desde o início da corrida eleitoral em Curitiba, em especial com críticas dos candidatos ao descumprimento do Plano Municipal de Educação pela atual gestão.

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Nesta quinta-feira, Andrea questionou Maria Victoria sobre os planos da deputada estadual para resolver essa falta de vagas em creches de Curitiba. A candidata do PSOL ainda relacionou a questão, com o projeto do Governo do Paraná em terceirizar a gestão administrativa das escolas estaduais.

“Em 2016, quando eu disputei a Prefeitura pela primeira vez, eram 9 mil crianças aguardando vaga em creche. Hoje são 10 mil crianças nessa situação. Quando eu for prefeita, não vou deixar nenhuma criança fora da creche. Se for necessário, compraremos vaga nas creches credenciadas, enquanto a gente constrói e contrata mais professores”, debateu a deputada.

Na réplica, Andrea novamente ressaltou o projeto do Governo do Paraná e disse que “os candidatos apoiados por Ratinho Jr.” oferecem risco dessa proposta ser levado para Curitiba.

“Há um grupo político que está acostumado a usar a prefeitura como o balcão de negócios que é o mesmo grupo político que não valoriza o serviço público”, prosseguiu Andrea.

Maria Victoria utilizou a tréplica para apontar que a proposta do Governo do Paraná é utilizada apenas para os setores administrativos das escolas estaduais, bem como há dinheiro disponível em caixa para ampliar as vagas em creche.

“Nós buscaremos comprar vagas. R$ 150 milhões em um orçamento de R$ 2,5 bilhões é possível. Então dinheiro tem”, finalizou a deputada.

Maria Victoria voltou a debater sobre o tema no segundo bloco, dessa vez, com Cristina. A deputada questionou como a candidata pretende resolver esse déficit.

“Temos dez, 11 mil mães curitibanas nesse exato momento que não sabem como vão sustentar seus filhos, porque não podem sair para trabalhar. Mulheres que são a maioria como arrimo de família. Vamos contatar a rede particular enquanto não houver prédios novos construídos para essas crianças”, disse Cristina.

Maria Victoria utilizou a réplica para pontuar outros problemas apresentados na educação de Curitiba.

“O meu plano de governo contou com a participação de várias pessoas e me foi relatado que muitos professores municipais sofrem com questões de saúde mental. Hoje temos um nível de 10% de afastamento de profissionais, até pelo excesso de alunos nas salas de aula”, pontuou a deputada.

Na tréplica, Cristina disse que em uma eventual gestão que irá combater a ‘ideologia de gênero’ nas escolas de Curitiba.

“Vamos acabar com essa bagunça de dizer que menino não é menino e menina não é menina. Os professores são dedicados, mas vivem essa confusão mental por essa ideologia de esquerda, implantada na Prefeitura de Curitiba”, completou Cristina.

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