Na propaganda de TV, Lula terá 1 minuto a mais que Bolsonaro
18 Ago (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá 1 minuto a mais do que o presidente Jair Bolsonaro (PL) na propaganda eleitoral de rádio e TV, que começa na semana que vem, segundo cronograma definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (18), com base nas coligações formadas pelos partidos.
Lula terá direito a 3 minutos e 39 segundos em cada um dos dois blocos nos dias de propaganda para presidente, enquanto Bolsonaro terá 2 minutos e 38 segundos.
O petista também tem vantagem em relação a Bolsonaro nas inserções — filmetes que vão ao ar durante o período. Lula terá direito a 286 inserções no período de 35 dias, enquanto Bolsonaro, 207.
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Ciro terá 52 segundos
O tempo para as candidatas Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (UB) será muito parecido com o de Bolsonaro, respectivamente 2 minutos e 20 segundos e 2 minutos e 10 segundos. Terceiro colocado nas pesquisas ao Palácio do Planalto, o pedetista Ciro Gomes –cujo partido não fez coligação– terá apenas 52 segundos.
Crítica a tom religioso
Ciro criticou nesta quinta a publicação nas redes sociais divulgada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e por apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que afirma que “Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula!”
“Para quem tem consciência política, por favor, eu diria até pelo amor de Deus, não vamos fazer isso! Quando o fascismo repete na boca da esquerda a sua linguagem, misturando a religião com política, a humanidade sempre sofreu grandes violências”, disse Ciro em vídeo, no qual pede que seus “irmãos cristãos” não deixem que usem o nome de Deus em vão.
Bolsonaro tem buscado ativamente o eleitorado evangélico e o presidente e seus apoiadores têm repetido alegações falsas de que, se eleito, Lula fecharia igrejas e de que o petista é a favor do aborto e da legalização das drogas. A publicação que aponta Lula como instrumento divino também foi compartilhada pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), que tem tido papel ativo no apoio a Lula nas redes sociais.
(Por Eduardo Simões e Ricardo Brito)