2024 pode ser ano mais quente da história: entenda o impacto no Paraná
Meteorologista alerta que ondas de calor e chuvas extremas devem ser cada vez mais frequentes no estado
A Organização Meteorológica Mundial (Mundial) alertou nesta terça-feira (12) que 2024 pode ser o ano mais quente já registrado. Mas como isso afeta o Paraná? O RIC.com.br procurou um especialista para esclarecer a dúvida.
Conforme o meteorologista Guilherme Borges, do instituto ClimaTempo, o Paraná é um dos estados que sofrem com as ondas de calor e tempestades devido a sua localização geográfica.
“O estado fica numa região geográfica que tem uma transição com o sudeste e também com o centro-oeste, e sofre muito com esses eventos de ondas de calor e também de chuva extrema, porque tem muitas frentes frias que forçam para passar pelo sul do Brasil e pegam esse contraste com a massa mais quente na região central do Brasil, deixando muita chuva sobre a região. Então a tendência é que se a gente não tiver uma redução mais significativa na temperatura média do planeta, esses eventos fiquem cada vez mais presentes no Paraná e também no Brasil”, explicou.
Por que 2024 pode ser o ano mais quente da história?
Conforme o relatório divulgado pela organização, o planeta enfrentou em 2024 uma sequência de meses com temperaturas excepcionalmente altas, devido ao fenômeno El Niño. A temperatura média global foi 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, entre janeiro e setembro deste ano.
“Inclusive, o ano de 2024 superou o limite de 1 grau e meio estabelecido no acordo de Paris. Essas temperaturas extremamente elevadas evidenciam cada vez mais os eventos extremos, tanto de calor quanto de chuva que a gente vem vendo no Brasil e também em outras partes do mundo”, falou o meteorologista.
Recordes e impactos crescentes nos últimos 10 anos
Além disso, a OMM destaca que o período de 2015 a 2024 será o mais quente da história. O aquecimento dos oceanos, perda de gelo das geleiras e elevação do nível do mar somado com o clima extremo são fenômenos que provam que o planeta vive uma crise climática, segundo a entidade.
A organização reforça que os fenômenos climáticos estão se tornando frequentes, como aumento de ciclones, chuvas recordes e ondas de calor.
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