Conheça a história de quem já começou a jornada pelo ESG

De acordo com o estudo A Evolução do ESG no Brasil, feito pelo Pacto Global em parceria com a Stilingue, investimentos ESG estão no centro da estratégia das maiores instituições financeiras pelos próximos três a cinco. Além disso, tanto Millennials (nascidos entre 81 e 95) quanto membros da geração Z (até 2010) revelam forte interesse por investimentos sustentáveis. Nos últimos anos, 78% e 84% das pessoas destas gerações, respectivamente, declararam optar por este tipo de investimento.

No entanto, o ESG (sigla para ambiental, social e governança em inglês) não é novidade. Também não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas a própria sustentabilidade empresarial e está inserida na Agenda 2030 da ONU, que trata dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). 

E se por um lado, as grandes empresas, as multinacionais e as que exportam já tenham as boas práticas alinhadas às suas estratégias de negócios, para as pequenas e médias, o desafio pode parecer maior. Mas, Patricia Martins, gerente do Centro de Inovação do Sesi, afirma que muitas indústrias já iniciaram esse processo. “Quando iniciamos o diagnóstico ESG nas indústrias, mostramos que elas já têm práticas isoladas alinhadas aos objetivos, não estão começando do zero”, diz “Ou seja, precisam apenas colocar um olhar sobre isso, definir quais indicadores são importantes para sua indústria e monitorá-los para que possam ter controle para desenvolvimento futuro e potencializar suas ações”, completa.

Esse diagnóstico ao qual ela se refere é a primeira fase da Chamada Sesi ESG, aberta para as indústrias paranaenses. As empresas indústrias inscritas passam por uma mentoria, que engloba capacitação de colaboradores, mapeamento e diagnóstico e desenvolvimento de plano de ação.

“Esse diagnóstico trouxe clareza com relação a quão aderente e engajados nós estávamos naquele momento. Utilizando o direcionamento desse material, estruturamos o nosso comitê de ESG e criamos o nosso plano de ação”, conta a analista de Processos e Projetos do Grupo Greca Asfaltos, Taicir Badreldin Chiodi. 

Entre os destaques do plano de ação, no ambiental, ela destaca a adoção de práticas mais sustentáveis com relação ao uso de copos plásticos, a criação de campanhas para destinação correta de resíduos e a medição e controle das emissões de gases na atmosfera. 

Já no social, a saúde e educação dos colaboradores ganharam atenção. “Temos um comprometimento muito grande com a saúde dos nossos colaboradores – por isso, disponibilizamos o programa de vacinação. A educação também é um pilar importante. Neste sentido, oferecemos bolsa de estudos e convênios com instituições de ensino e disponibilizamos a todos os funcionários uma plataforma de treinamento e desenvolvimento com foco em liderança, saúde e bem-estar, produtividade, inovação, dentre outros”, conta, relatando que desenvolveram ainda  um programa de voluntariado empresarial, com foco nos impactos positivos que podemos causar na comunidade local.

Na governança, a atuação passa pela revisão e adequação da base de contratos, visando atender à Lei Anticorrupção, à Lei Geral de Proteção de Dados, entre outras, e investimento nos Programas de Integridade e Transparência. 

“Ao optar por ser uma empresa engajada com os princípios do ESG, devemos ter em mente que o caminho tem início, mas não tem meio e nem fim. Por mais complexa que a jornada ESG possa parecer, atualmente existem inúmeras formas para conseguir direcionamento e criar um plano de ação inicial”, finaliza.

Para se inscrever na Chamada Sesi ESG acesse www.sesipr.org.br/chamadasesiesg.