É hora de voltar à escola
Depois de quase um ano de isolamento social e ensino remoto, e de um período delicado na vida de tanta gente, escolas se preparam para receber seus alunos em seus ambientes físicos novamente. Mas, pelo fato de o momento exigir ainda muito cuidado, esse retorno requer extrema atenção e responsabilidade, além de bastante trabalho por parte das equipes escolares.
E com essa volta, pais e alunos se veem com muitas dúvidas, como: as aulas serão presenciais ou híbridas? Quais protocolos serão adotados? Meus filhos estarão seguros na escola?
É normal que fiquemos preocupados em um momento tão delicado, e contar com medidas de segurança e com o cuidado de professores e equipe escolar em relação aos alunos é essencial nesse momento.
Como será?
A gerente-geral do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento dos Colégios do Grupo Positivo, Maria Fernanda Suss, diz que as equipes das escolas do Grupo Positivo estão muito animadas: “a escola é um espaço de aprendizado, e uma parte importante se dá pela convivência entre professores e alunos e entre colegas, prejudicada pelo ensino remoto imposto pela pandemia”.
Considerando que cada aluno é único e tem sua forma particular de aprender, e pela excepcionalidade do ensino remoto, o Colégio Positivo oferecerá aulas de retomada de conteúdo e adaptação a partir do dia 8 de fevereiro. E a partir do dia 22 de fevereiro, de uma forma ainda mais segura, iniciará os 200 dias letivos previstos para 2021.
“Nossa intenção é propiciar aulas 100% presenciais e confiamos que o nosso protocolo sanitário permite termos a certeza de uma volta segura para alunos e equipe pedagógica. A experiência com o período de aulas extracurriculares, no fim de 2020, demonstrou essa eficiência. Entretanto, onde houver restrição para isso, ou para os pais que preferirem manter seus filhos em casa, promoveremos a transmissão de aulas ao vivo”, comenta Maria Fernanda.
Saúde e cuidados
As sedes do Colégio Positivo estão muito bem preparadas. A instituição criou o Comitê de Saúde e Segurança para que o retorno ocorra com responsabilidade. O protocolo sanitário, exclusivamente elaborado pelo comitê, respeitando os demais protocolos sanitários apresentados pela Secretaria de Saúde e pela Secretaria da Educação e do Esporte, e amparado pelas recomendações e orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, será seguido à risca, visando à segurança dos alunos, responsáveis e professores.
A pediatra Andrea Dambroski, que faz parte desse comitê, lista algumas ações que serão adotadas para cumprir os protocolos da maneira mais segura possível:
A médica reitera que, durante o período de permanência na escola, tanto alunos quanto colaboradores serão sempre orientados a seguir os protocolos de saúde e segurança. “Instalamos dispensers de álcool em gel em pontos estratégicos das unidades. Teremos marcações no piso para reforçar a necessidade de distanciamento. E nesse primeiro momento, não permitiremos que as crianças tragam brinquedos de casa, até para evitar as trocas entre elas e por conta da possível dificuldade de higienização desses brinquedos”, explica Andrea.
E não para por aí
Além das questões pedagógicas e de saúde física que envolvem o retorno, há uma preocupação bastante importante para o momento atual: a saúde mental das crianças e adolescentes. Esse período em casa trouxe uma nova rotina para a vida dos alunos, assim como novas angústias e inquietações.
A supervisora do Serviço de Psicologia Escolar do Colégio Positivo, Maísa Pannuti, comenta que pais, professores e comunidade escolar “precisam ter em mente que todos estarão vivenciando um momento muito diferente do ensino presencial de outrora, de forma que caberá a nóspossibilitar momentos de saúde e bem-estar com relação à retomada e convívio social, promovendo um espaço de escuta e acolhimento para situações de ansiedade quanto à nova rotina escolar”.
Os professores serão orientados a acolher as emoções dos alunos e dos pais, sem julgamentos, lembrando que cada pessoa vivencia essa experiência de uma forma diferente. Isso quer dizer que eles sempre estarão atentos para escutar e dar apoio às necessidades de seus alunos. Além disso, poderão planejar momentos mais descontraídos nos quais os alunos possam falar e se expressar; atividades que possam ajudar a diminuir a ansiedade, tais como exercícios de respiração, de expressão corporal etc. Ainda, se o professor perceber que a turma está agitada e angustiada, não há problemas em mudar o rumo da atividade. Propor uma roda de conversa ou uma dinâmica de grupo pode ser uma atividade bastante proveitosa nesse contexto.
Mas e como explicar para as crianças que não pode abraçar e ter contato? Adotar novas formas de contato, mesmo que não físico, pode ser a solução. Maísa dá sugestões como: abraçar a si mesmo e dizer ao outro “sinta-se abraçado”; dar um toque de mãos “no ar” sem encostá-las; na hora da saída, fazer gestos que não promovam o contato físico; entre outras atitudes. É só usar a imaginação!
Todas essas ações adotadas pelas escolas são de extrema importância para que possamos retomar a rotina e rever quem tanto gostamos. Porém, é importante lembrar que, para que passemos por tudo isso juntos, a colaboração e respeito de todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar são indispensáveis.