Pesquisas clínicas trazem novas possibilidades de tratamento no combate ao câncer

Publicado em 22 jun 2023, às 17h30.

Medicações e tratamentos modernos e eficazes no combate ao câncer são uma realidade possibilitada a partir de pesquisas clínicas realizadas em centros de referência, como no Complexo Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Uma das unidades que atua na instituição é o Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa (CEPEP), no qual são realizados estudos para análise de segurança e eficácia.

Atualmente, são mais de 80 estudos em desenvolvimento no CEPEP por mais de 20 profissionais de diferentes áreas. Dessa forma, o Erasto Gaertner realiza a interação entre os pacientes, os resultados obtidos e as empresas farmacêuticas.

Por se tratarem de pesquisas realizadas com pessoas, todos os estudos clínicos realizados no Hospital são previamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Instituição e também pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Ministério da Saúde, seguindo as normas e resoluções vigentes.

Da pesquisa à aplicação prática

A Dra. Larissa Macedo, médica do Núcleo Gestor Médico do Hospital Erasto Gaertner, explica como é o trabalho realizado pelo CEPEP. “A maioria dos estudos é feita com medicamentos que já têm sua eficácia comprovada e a gente quer avaliar se ele é melhor ou igual ao que o paciente já está usando.”, afirma.

Com o surgimento de um novo estudo, as pessoas indicadas para a pesquisa podem ser encontradas dentro do próprio hospital ou encaminhadas por um médico. “Se é ofertado, sempre é para benefício do paciente, nunca para teste ou cobaia. O cuidado é ainda maior, os exames são mais específicos e realizados com maior frequência.”, assegura a Dra. Larissa.

Juntamente com o cuidado oferecido aos pacientes, os resultados coletados possibilitam o avanço científico no combate ao câncer. Parte dos medicamentos desenvolvidos no Erasto Gaertner hoje já estão presentes na prática clínica do tratamento e representam mais possibilidades para os médicos e um atendimento inovador para quem está em tratamento.

Quem se beneficia?


Afonso Marangoni tem 70 anos e há sete faz tratamento contra o Mieloma Múltiplo, câncer que atinge células da medula óssea chamadas de plasmócitos. Elas são responsáveis pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias e, nessa condição, os plasmócitos se tornam anormais e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção das outras células do sangue.

Afonso é o primeiro brasileiro a receber um remédio inovador no combate ao mieloma. Após ficar quase dois anos sem a doença graças a um transplante de medula, o câncer acabou voltando. A pesquisa clínica surge em sua vida justamente como mais uma forma de renovar a esperança e garantir um atendimento inovador. . “Em abril, fui procurado pelo Hospital: tinha uma pesquisa em andamento e eles precisavam de pacientes. Na hora eu aceitei.”, conta.

Após duas aplicações da nova medicação, o paciente não teve nenhum efeito colateral e leva uma vida normal durante o internamento. “Eu consigo trabalhar como se tivesse em um escritório aqui, nem parece que estou no hospital.”, afirma Afonso.

Quer saber mais?


Na segunda reportagem da série ‘Mais Saúde, Mais Vida’, exibida na RICtv, sabemos mais a respeito dos avanços e inovações no tratamento de câncer. Mais informações como essas, sobre os bastidores e as principais novidades dos tratamentos realizados no Hospital Erasto Gaertner, você encontra nas próximas reportagens, exibidas ao longo do mês. (vídeo no carrossel no topo da página)