Piscicultores do PR mostram soluções para aumentar saúde e vitalidade de tilápias
Bem que a sabedoria popular fala: é pela dor que se aprende a lição. Assim aconteceu com os irmãos Kohler, da Piscicultura Santo Antônio, no Oeste do Paraná, que teve uma perda enorme de tilápias no ano passado. Mas graças ao uso de uma nova tecnologia na alimentação dos peixes, hoje a família Kohler conseguiu uma produção bem maior e mais saudável de tilápias. Eles utilizaram o Enterifin, da Safeeds, uma combinação de bioativos que melhora a saúde do peixe e exclui a necessidade de antibióticos.
O piscicultor Luiz Kohler conta que, no ano passado, por diversos fatores, o peixe passou mais tempo do que o normal dentro do tanque. Por coincidência, tiveram um problema com a nutrição, o que fez a imunidade das tilápias cair muito e elas ficaram doentes. Houve uma grande mortalidade dos animais e os que sobreviveram tiveram perda no crescimento e no ganho de peso diário.
A deficiência alimentar, explicou Luiz, se deu pela ração de qualidade inferior. Ano passado, houve quebra na safra de soja e de outros insumos necessários à composição da ração. As próprias fabricantes, afirmou o piscicultor, tentaram baixar os custos da ração usando produtos de qualidade inferior. O resultado interferiu na nutrição dos peixes, que perderam imunidade.
Isso obrigou os irmãos Kohler a buscar soluções. Encontraram uma ração diferente, com matéria prima de boa qualidade, além da inclusão de aditivos, que foram determinantes para resolver o problema.
“Hoje o principal fator é trabalhar a imunidade do peixe. Nós conseguimos fazer o peixe ficar resistente. Peixe com saúde boa, imunidade alta, a doença não consegue atacar. Nós temos uma doença instalada na piscicultura, a gente está ciente disso, só que a doença não consegue atacar o peixe porque a imunidade dele é muito alta”, apontou Luiz.
O piscicultor conta que, de fato, houve um investimento com a nova solução.
“Mas quando você fala de custo x benefício, vale a pena. Se você olhar hoje, você não vê um peixe morto boiando. Isso é um cenário que no ano passado era impossível. Você chegava nessa hora do dia, tinha urubu sobrevoando a área. A gente tinha um funcionário praticamente só para coletar peixe morto. Então cada quilo de tilápia que você perde, você tem que engordar outras quatro ou cinco para cobrir o custo dessa uma tilápia que morreu”, explica o piscicultor.
Antibiótico x meio ambiente
Quem também investiu na saúde dos peixes através do uso de bioativos na ração foi a Akna Alevinos, que fica em Toledo, no Oeste do Paraná. A empresa já tem 34 anos e de lá saem 600 toneladas de tilápia por ano. A produção é criteriosa, com adoção de altos padrões de qualidade.
Tudo começa na fecundidade das matrizes. Depois vem a coleta dos ovos, incubação e alimentação no laboratório, onde nascem os milhares de alevinos. Depois, os pequenos peixinhos vão para os tanques de terra, para continuarem recebendo a ração artificial por 30 dias, tempo em que já estão prontos para serem comercializados.
E a utilização de bioativos e ácidos orgânicos, como o Enterifin, que geram um melhor desenvolvimento dos peixes, acabou com o uso de antibióticos na piscicultura.
“A gente não precisou mais utilizar antibiótico, extinguiu o uso dele, na verdade. Tivemos uma melhora na qualidade de sobrevivência, imunidade e saúde do peixe. Não precisar manipular o antibiótico aqui dentro da propriedade é algo muito bom, porque você não precisa jogar esse antibiótico no ambiente. Otimizou todo o processo de produção”, explica o gerente de produção da Akna, Dionízio Dabus, que utiliza os bioativos há seis meses na propriedade.
O engenheiro de pesca, Rômulo Fiorucci, explica sobre as diferenças de custos entre o uso de antibióticos e de bioativos.
“Se a gente buscar um tratamento de doenças via antibiótico, se torna muito caro. Então hoje é de extrema importância o produtor ter esse tipo de aditivo na nutrição. Assim é possível prevenir qualquer tipo de estresse, você potencializa a imunidade do peixe e consegue passar por qualquer fase sem o peixe ter essa perda. Se eu perder uma semana de tratar esse animal aqui dentro e ele não ter uma conversão (crescimento e engorda), eu perco meu rendimento em carne”, explica Rômulo.
Como funcionam os bioativos
De acordo com dados da Associação Brasileira de Piscicultura, em 2022 o Paraná produziu 194.100 toneladas de peixe, um volume 3,2% maior que em 2021. Sozinho, o estado representa 22,5% da produção nacional de peixes.
A liderança coloca os paranaenses também em posição de referência em pesquisa e produção, que é o que faz a Safeeds. O resultado disso são tecnologias para aumentar os índices produtivos, como ganho de peso, conversão alimentar e diminuição da mortalidade.
Caio Tellini, gerente do departamento técnico da Safeeds, explica como funcionam os bioativos.
“Esses produtos têm a capacidade de modular a microbiota que está dentro do intestino dos animais. Então a sinergia dessas moléculas consegue promover o crescimento de uma bactéria benéfica, ou a diminuição de uma população de bactérias que não é interessante para saúde intestinal do animal. E todos esses fatores contribuem para uma melhor saúde no peixe e consequentemente de quem vai consumir, que somos nós, os seres humanos”, explica Caio.
Saúde de ponta a ponta
Mas afinal, que resultado traz tanto investimento lá no prato do consumidor final? Faz toda a diferença, pois o incremento de novas tecnologias está diretamente relacionado à qualidade final do produto, como explica o médico veterinário Everson Zotti.
“O uso de aditivos nutricionais, como o Enterifin, que é um produto composto de ácidos orgânicos, óleos essenciais e compostos bioativos, faz com que se tenha uma melhor digestibilidade, melhor saúde intestinal e menor oxidação dos tecidos. Consequentemente você tem uma melhor produtividade, pela melhor qualidade em conversão alimentar, em ganho de peso diário e em qualidade de filé”, analisa o médico.
O piscicultor Luiz Kohler corrobora com a opinião de Everson.
“A gente percebeu diferenças até nos carregamentos dos frigoríficos. O peixe chega mais resistente, ainda saudável. Antes chegava muito peixe tombado, frágil no frigorífico. E hoje todos são problemas resolvidos com os bioativos”, diz produtor.
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