Setor de foodservice reconhece vantagens do gás natural

Publicado em 7 out 2020, às 14h00.

Bares e restaurantes foram os estabelecimentos comerciais que mais sofreram com a pandemia do novo coronavírus, entre os setores da economia que viram as atividades cair abruptamente. Impedidos de receber clientes em seus estabelecimentos, precisaram criar alternativas para seguir com o atendimento e, claro, manter o fluxo de caixa pelo menos suficiente para seguir com o negócio.

A necessidade de isolamento social gerou reflexos também no consumo de recursos básicos; o gás natural entre eles. A queda no volume do insumo utilizado pelo setor foi acima dos 50% entre abril e agosto na comparação com o mesmo período de 2019 entre os clientes da Companhia Paranaense de Gás (Compagas). É que o serviço está ligado diretamente ao atendimento de restaurantes, hotéis, panificadoras e shopping centers. E neste ramo de atividade, a companhia atende 580 estabelecimentos.

Vantagens do gás natural

Uma das principais vantagens do setor de alimentação fora do lar foi a tarifa regulada do gás natural, já que o pagamento é realizado depois do consumo e de modo proporcional. O modelo permitiu reduzir os prejuízos dos estabelecimentos que precisaram interromper o funcionamento durante os primeiros seis meses de pandemia, já que a conta proporcional aliviou as contas no período.

Foto: Divulgação Compagas

A diferença entre o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), do tradicional botijão, comercializado em cilindros e transportado por caminhões, e o gás natural é que o segundo não precisa de armazenamento, já que chega aos clientes, sejam residenciais ou comerciais, via tubulações, assim como a água.

Segundo Mauro Melara, gerente comercial da Compagas, essa característica é ideal para centros urbanos com grande adensamento populacional. “Não é um bom negócio estocar combustível em grandes cidades. Além do que, a redução do trânsito de caminhões pela cidade é outro benefício do gás natural”, informa.

Para o segmento foodservice, nada mais prático que o gás natural. Receber o insumo via tubulação faz com que o proprietário do estabelecimento não precise se deslocar para comprar o botijão ou arriscar a segurança de funcionários e clientes ao se ver obrigado a estocar o insumo. “O gás está disponível o tempo todo. Somada a essa praticidade, a Compagas oferece atendimento constante ao consumidor”, ressalta, Melara.

“Aqui no Quintana já usamos a Compagas há muitos anos”, lembra Gabriela Carvalho, chef proprietária do restaurante Quintana Gastronomia. “Além de oferecerem qualidade em todos os serviços, em qualquer situação, o atendimento é imediato. A companhia tem um bom custo benefício e têm essa força paranaense e a qualidade que a gente busca em tudo o que faz”, complementa

Menos manutenção

Mais seguro que o GLP, o gás natural é também menos poluente e mais seguro: por ser mais leve, em caso de vazamento, a tendência é que o produto escape pelas partes altas, diferentemente do GLP, que se acumula no chão.

Foto: Divulgação Compagas

O gás natural oferece também menos manutenção aos estabelecimentos comerciais que fazem uso do insumo, além de danificar menos os itens de cozinha como panelas e fogões. Quando o produto está no fim no botijão, a chama fica amarelada e instável, gerando mais fuligem e resíduos. Já o metano, por ser estável, com o serviço de regulagem do equipamento, não há variação da intensidade da entrega do produto.

Sobre a Compagas — Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia – Copel, com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%. Em março de 2000, a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural canalizado aos seus clientes, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol). Atualmente, a Compagas conta com mais de 48 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e está presente em 16 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Campina Grande do Sul, Paranaguá, Carambeí, Castro e Arapoti.

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