Sites de apostas esportivas investem em patrocínios no futebol brasileiro

Publicado em 19 out 2020, às 19h07. Atualizado em: 23 out 2020 às 14h22.

Com o mercado de apostas esportivas cada vez mais em alta no Brasil, as grandes empresas do setor de apostas esportivas de todo o mundo passaram a olhar com mais atenção para ações de marketing e publicidade no país, e o alvo maior são os times de futebol. 

Empresas como a NetBet, por exemplo, patrocinam clubes renomados da Série A como Vasco da Gama (RJ) e Red Bull Bragantino (SP). Entre os esportes mais populares na plataforma estão o futebol, tênis, vôlei, lutas, golfe, entre outros. Além das apostas, o site também oferece outros jogos como vídeo-bingo, caça-níqueis, bacará, roleta, poker, loteria, cassino, e blackjack online.

Para se ter uma ideia, mais da metade dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro tiveram suas camisas estampadas por sites e casas de apostas em 2019. Somente sete equipes terminaram o ano sem o patrocínio de uma dessas empresas. Para o ano de 2020, até o momento, apenas Atlético/PR, Atlético/MG, Ceará, Fluminense, Grêmio, Internacional e Palmeiras não possuem nenhum acordo de patrocínio com empresas do setor.

A realidade se estende a outras divisões do futebol nacional, clubes da série C, como Remo e Paysandu, estão entre as equipes que firmaram parceria com empresas do ramo de apostas. A expectativa é que, com a ampliação do mercado de apostas online, seja cada vez mais comum acordos desse tipo.

O grande marco dessa movimentação no Brasil começou em dezembro de 2018, com a promulgação da Lei 13.756/18 pelo então presidente da República, Michel Temer, que permitiu a legalização de jogos e apostas na modalidade quota fixa, além da liberação de ações de comunicação, publicidade e marketing.

A partir daí, as casas de apostas de todo o mundo encontraram uma enorme oportunidade de investimento e retorno, uma vez que o futebol brasileiro movimenta cerca de R$4 bilhões por ano em casas de apostas. O mercado, porém, ainda não é regulamentado no país, a expectativa é que ainda esse ano, o Governo Federal avance no sentido de ampliar a regulamentação e, com isso, atrair ainda mais os investimentos de empresas do mundo todo. Uma das maiores reivindicações é de que as casas de apostas possam constituir pessoa jurídica e, com isso, deixarem de ser obrigatoriamente administradas pela Caixa Econômica Federal.

O movimento que está ainda engatinhando no Brasil, já é uma realidade no futebol europeu há bastante tempo. Na Premier League, por exemplo, metade dos clubes têm sua camisa estampada por casas de apostas como principais patrocinadores. São eles Aston Villa, Bournemouth, Burnley, Crystal Palace, Everton, Newcastle, Norwich, Watford, West Ham e Wolverhampton.

Na Espanha, o número é ainda maior, dos 20 clubes que disputam a primeira divisão, apenas uma, o Real Sociedad, não possui nenhum acordo de patrocínio com alguma empresa de apostas, sendo 7 como patrocínio master, sendo a principal parceira e ocupando um lugar de destaque na camisa das equipes.

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