Tecnologia e responsabilidade ambiental aceleram produção na avicultura paranaense
A indústria 4.0 já é realidade na avicultura paranaense, a transformando num exemplo de inovação e a colocando em novos patamares de eficiência e responsabilidade ambiental. E 2024 deve ser um ano de colher os frutos, já que diversas tecnologias e pesquisas científicas foram implantadas em toda cadeia e já estão gerando grandes resultados.
Investimentos em sistemas inteligentes de monitoramento e automação de granjas e incubatórios. Sensores de última geração integram os controles de ambientes de produção e incubação, permitindo mais precisão em tempo real das condições ideais para o desenvolvimento saudável e bem-estar das aves. Qualquer oscilação de temperatura é lida e corrigida automaticamente, para que não afete o nascimento dos pintinhos, ou na qualidade e quantidade dos ovos.
Os controles vão além da temperatura, os sensores também fazem a contagem de animais, qualidade e tamanho dos ovos. Para Mario Tremarin, gerente de produção da Globoaves, uma agroindústria paranaense que é uma das maiores produtoras e exportadoras de pintos de um dia e ovos férteis da América Latina, “essa revolução tecnológica representa um salto em capacidade de gerenciamento da produção. Agora pode-se ajustar de forma personalizada os parâmetros do ambiente, otimizando o bem-estar das aves e, por conseguinte, aumentando a eficiência da produção”.
Inteligência artificial na avicultura
Outra frente de avanço significativo no setor estão as pesquisas de aplicação da inteligência artificial. Com especialistas de universidades e institutos de pesquisas renomados, existe forte investimento em algoritmos avançados que analisam imagens em tempo real e identificam características desejáveis dos pintinhos, acelerando por exemplo o processo de seleção e automação da sexagem nos incubatórios.
Alguns produtores, por exemplo, que adquirem aves para destiná-los ao abate, preferem em alguns casos animais machos, porque crescem mais rapidamente. Já os clientes que tem como objetivo a comercialização de ovos, claro, levam somente as fêmeas. Antes, toda essa separação de sexo dos animais, bem como a contagem e medição do tamanho e qualidade dos ovos, era feita manualmente, no “olho”. Não era uma medição precisa e rápida.
Com a entrada da inteligência artificial, houve uma revolução nesse processo, que agora pode ser automática. Os algoritmos conseguem fazer a leitura da sexagem do animal rapidamente e de forma precisa. Isso ajuda a acelerar a operação e dar mais vazão e produtividade à avicultura. Um investimento que tem ajudado a elevar o Paraná ao patamar de maior exportador de frangos do Brasil.
No primeiro trimestre de 2023, o Paraná bateu o próprio recorde e manteve a ampla vantagem na liderança nacional nas exportações de carne de frango. Foram 1,073 milhão de toneladas de proteína vendidas para o exterior, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado (956 mil toneladas) e o equivalente a 41% de todas as transações brasileiras do produto no mercado internacional.
“A convergência de tecnologias inovadoras não apenas impulsiona nossa produtividade, mas também fortalece nossa posição como líderes na indústria avícola. Estamos comprometidos em entregar sempre produtos de alto desempenho e alta qualidade para nossos clientes de maneira responsável, e essas iniciativas refletem nosso investimento contínuo nesse compromisso”, conclui o sócio-diretor da Globoaves, Roberto Kaefer.
Sustentabilidade
Além da automação, a avicultura intensifica os esforços em direção à sustentabilidade. A introdução de fontes de energias renováveis, tais como compra de energia limpa certificada e sistemas de captação e reuso de água, demonstram o real comprometimento com a Agenda ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa. Essa transição contribui para um setor avícola mais sustentável e ético.
“A implementação de fontes de energia limpa, sistemas de melhoria de qualidade da água para o plantel e automação para diminuição dos desperdícios não apenas reforçam o compromisso ambiental, mas também trazem alto potencial de economia a longo prazo. Estamos projetando uma redução substancial nos custos operacionais, refletindo diretamente em nossa competitividade no mercado”, afirma o gerente de custos da Globoaves, Naudo Marafon.
Por isto, a avicultura paranaense entende que 2023 já está sendo revolucionário e 2024 será um ano de colheitas, de uma avicultura mundial tecnológica, porém intrinsecamente ligada à evolução sustentável. “Essa tem sido a missão da Globoaves, que reafirma seu compromisso com a qualidade, a saúde e bem-estar animal, a eficiência e a responsabilidade ambiental”, finaliza o gerente de marketing da Globoaves, Bruno Dias.