Pode ocorrer outro apagão cibernético? Veja o que diz especialista

O apagão cibernético que causou um colapso mundial em voos, serviços bancários e de comunicação nesta sexta-feira (19) em todo o mundo, aconteceu devido uma falha em uma atualização da empresa de cibersegurança CrowdStrike. Conforme Luis Gonzaga de Paulo, Mestre em Computação Aplicada e especialista em segurança da informação, explica porque vários setores foram afetados pelo apagão. Além disso, Gonzaga fala sobre a possibilidade de ocorrer novos apagões.

“A tecnologia da informação permeia todas as áreas de atividades humanas na atualidade, e isso gera uma enorme dependência. Praticamente tudo o que fazemos hoje em nosso dia a dia necessita de um aplicativo no celular ou no computador, e acesso à internet. E toda essa estrutura está interligada e é interdependente, necessitando de uma ampla gama de equipamentos e programas que, por sua vez, necessitam de atualização, correção e manutenção constante. Essas intervenções acontecem sempre, e necessitam de muito cuidado e planejamento… Mas às vezes falham, e o impacto pode ser muito grande, como nesse caso”, disse Gonzaga.

Conforme o especialista as empresas de cibersegurança são de extrema importância para garantir a confidencialidade de informações.

“As empresas de cibersegurança buscam exatamente garantir que as informações digitais sejam utilizadas dentro dos padrões de confidencialidade, integridade e disponibilidade, ou seja, de forma legal e confiável, sem causar problemas ou prejuízos”, explica.

Apagão cibernético pode ocorrer novamente?

Apesar do apagão cibernético desta sexta-feira (19), ter sido causada devido uma falha de atualização, existe a possibilidade de ocorrer novos apagões devido aos cabos submarinos de internet que podem ser danificados.

“Esse é um risco em potencial, pois grande parte das informações que produzimos ou utilizamos trafegam entre os países e continentes por meio desses cabos. Além do interesse pelo metal que é usado, há também questões militares e geopolíticas que podem resultar em interrupções, e isso é preocupante. A alternativa é o uso de satélites, o que vem sendo impulsionado nos últimos anos”, finaliza o especialista.

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