Vendas on-line cresceram 13,5% no primeiro semestre de 2018, segundo pesquisa
A edição do E-commerce Radar referente ao 1º semestre de 2018 indicou que o número de pedidos on-line teve crescimento de 13,5% em comparação ao mesmo período no ano passado. O estudo levou em consideração as informações de vendas de mais de mil estabelecimentos on-line, dos mais diversos setores, e é um dos mais completos sobre e-commerce nacional. Além de trazer dados sobre o primeiro semestre, também lançou projeções sobre o desempenho até o final de 2018.
O aumento de vendas via comércio digital indica que a presença no meio on-line chama a atenção para marcas e produtos. Entretanto, é necessário contar com uma boa apresentação (site) para agradar aos clientes e conseguir uma boa taxa de conversão (dado que traça a relação entre a quantidade de visitas que a loja recebeu e a quantidade de vendas realizadas). Ainda que o número de pedidos tenha crescido, o estudo E-commerce Radar indica que a taxa de conversão geral do comércio eletrônico brasileiro no 1º semestre permaneceu em 1,4%, o mesmo índice do ano anterior.
O estudo ainda revelou outra informação interessante sobre as compras realizadas através de dispositivos móveis (tablets e celulares, por exemplo), que foram de 11% para 34% entre 2017 e 2018. Isso indica uma demanda por modelos que sejam mais responsivos para melhor atender aos clientes que preferem fazer seus pedidos através desse tipo de dispositivo.
Relevância do e-commerce no 1º semestre de 2018
Graças ao maior acesso a smartphones, além do índice de pedidos por dispositivos móveis ter crescido para 34% este ano, a dependência dos e-commerces em marketplaces tornou-se clara em praticamente todas as categorias, uma vez que quase 35% das vendas são realizadas através deste canal.
Com relação à aquisição de clientes, é notório o quanto o comércio on-line brasileiro ainda é dependente das buscas do Google para chegar até seu público-alvo. Aproximadamente 60% das vendas pela internet ocorrem após uma busca do cliente no Google. Com isso, a taxa de conversão do e-commerce brasileiro no primeiro semestre do ano, em média, foi a mesma de 2017 (1,4%).
Hoje em dia, o pagamento à vista (não parcelado) representa praticamente 75% das vendas, ainda que a taxa de aprovação seja maior para pagamentos parcelados. Além disso, cerca de 30% das compras efetuadas alcançaram valor suficiente para ter direito ao frete gratuito, sendo que a categoria “Brinquedos” é a que mostrou maior dependência dessa estratégia, com 60%.
Ainda que o número de pedidos realizados via internet tenha crescido 13,5% este ano (em relação ao ano anterior), mais de 82% dos carrinhos gerados no site da marca/empresa são abandonados (pedidos não finalizados), o que indica uma carência de melhorias no e-commerce brasileiro.