Voos internacionais e turismo

Comunicação & Futuro

por Leonardo Petrelli
Publicado em 26 nov 2021, às 09h19.

Em breve, poderá ser possível sair de Foz do Iguaçu e ir, em vôo direto, para Dubai, nos Emirados Árabes. Será um avanço incrível, especialmente para o turismo, já que Foz é um dos pólos turísticos mais representativos e o segundo destino de turistas estrangeiros do País. 

A conversa vem se desenrolando entre o Governo do Paraná e os executivos da Emirates Airlaines, a maior companhia aérea dos emirados. O governador do Estado destacou que a intenção é estreitar laços para trazer um vôo direto da empresa para o Paraná e explorar o potencial turístico da região. 

Atualmente, para quem quer viajar para os Emirados, precisa ir até São Paulo, aí sim com voo direto até Dubai. A rota é feita cinco vezes por semana. 

Apesar da retomada do projeto Voe Paraná, com investimentos públicos e privados em vários aeroportos do Estado, alguns gargalos são eminentes. Voar para longe pode ser mais fácil do que viajar para bem perto.

A ligação aérea entre duas grandes capitais como Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), dois grandes pólos de negócios, ainda é escassa. São poucos os vôos semanais da AeroSul ligam as duas metrópoles, trajeto que, pela malha viária, leva mais de quatro horas de viagem. Além disso, considerando o grande tráfego e a constante incidência de acidentes na Serra do Mar,  o tempo de deslocamento aumenta ainda mais. 

Florianópolis – Curitiba é a segunda maior rota rodoviária entre as capitais do País. Estima-se que mais de duas mil pessoas façam essa conexão rodoviária diariamente. Alta frequência e alta potencialidade estratégica para o aumento de linhas áreas entre as duas cidades, com novas opções para os passageiros. 

É preciso estimular o turismo, sem deixar de lado o investimento nas reais necessidades de quem utiliza os terminais aéreos. O aumento de vôos pode ser um estímulo para quem quer viajar, passear ou simplesmente fazer business na capital catarinense de forma mais célere.

Com a chegada do fim do ano, é tácita essa incorporação de vôos. Mas, mais do que de forma sazonal, é preciso avaliar o volume deste trajeto pelo Estado ao longo de todo o ano.