A maldição das drogas: a luta contra o crack e a dificuldade do tratamento

por Redação RIC.com.br
com informações de Emanuel Pierin, da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 12 out 2021, às 15h37. Atualizado em: 6 set 2023 às 13h29.
POST 2 DE 3

Na segunda reportagem da série especial ‘A maldição das drogas’, os repórteres Emanuel Pierin e Robson Silva contam a história de um ex-radialista que deixou a família para viver nas ruas e de Luana Pinheiro, que pediu ajuda ao Balanço Geral Curitiba para tratar a dependência química. A luta dos dois é contra a mesma droga: o crack(Veja vídeo abaixo)

Adilson Gonçalves, de 48 anos, é dependente químico há 18 anos e há 10 vive nas ruas. Conforme conta, ele começou a usar crack depois de uma decepção amorosa e nunca mais conseguiu sair do caminho das drogas. Com o passar do tempo, largou emprego, família e amigos para viver nas ruas. 

“Foi por causa de decepção de mulher, fui traído pela minha mulher. Hoje eu tenho uma filha, graças a Deus, com 17 anos, mora em Araucária. Amo minha filha, é minha única filha, e eu prefiro vir para a rua e deixar a casa para ela e para a mãe dela”,

diz Adilson. 

Emocionado, o dependente químico explica que apesar da saudade e do amor que sente pela filha, não vê a jovem há anos porque tem vergonha

“Dói, eu nunca mais falei com ela. Tenho vergonha, na verdade, de ver ela pela situação que eu me encontro hoje. Ela é a coisa mais linda do mundo”,

conta com os olhos marejados. 

No entanto, apesar de toda a dor que a dependência química causou em sua vida, ele confessa que o vício fala mais alto e quando está em abstinência, chega a implorar por dinheiro.  

“O crack para mim, tipo eu acabei de fumar há 10 minutos atrás, eu e meu amigo. Então, eu estou calmo conversando, quando eu estou estressado e nervoso. O que eu faço? Eu chego e converso com a pessoa: ‘Pelo amor de Deus, me dá uns R$ 5 para comprar um crack. Eu sou sincero e honesto”,

relata Adilson. 

Tratamento

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 6% de toda a população do planeta tem algum tipo de dependência. No Paraná, isso seria algo em torno de 680 mil pessoas com esse mal. A maioria, não tem acesso a um tratamento digno e isso impacta diretamente nas chances dos viciados se recuperarem. 

Com 27 anos, Luana Pinheiro viu no Balanço Geral Curitiba sua oportunidade de ajuda. Ela mandou uma mensagem para o programa, há cerca de dois meses, e pediu auxílio para conseguir uma clínica onde pudesse fazer um tratamento para o vício em crack

“Eu estava lá na minha casa, só no quarto, e tinha uns amigos ali dentro, saindo, entrando, todo mundo bebendo, meu namorado não usa drogas e nem está bebendo. Eu estava ali conversando com ele, na minha cama, muito chapada, eu estava com o celular dele, olhando a pesquisa, de repente apareceu Balanço Geral e o telefone embaixo, eu falei: ‘Ah, vou adicionar. Vai que dá certo’. Simplesmente, eu só mandei o que veio no  meu coração no momento”,

contou, na ocasião. 

Os repórteres da RIC Record TV Curitiba foram até a clínica para saber como está o processo, mas ela não pôde receber a equipe porque está em um período de desintoxicação que dura 60 dias. 

A psicóloga Cleuza Canan cuida de uma clínica para dependentes químicos em Piraquara, na Região Metropolitana da capital. No local, o que não falta é contato com a natureza, rotina, terapia e inúmeras atividades como cultivar hortas. Ela explica que entre os objetivos do tratamento está trazer os dependentes de volta para a sociedade, criar vínculos e sensibilizá-los com relação à vida para que eles voltem a dar valor a tudo o que trocaram pelas drogas. 

“Os dependentes se tornam pessoas à margem da sociedade. Perdem até documentos. Eles não têm trabalho, não têm um vínculo social nem com a família. Aqui tudo é terapêutico, o que a gente faz, tem a finalidade de ajudá-los a terem contato, de novo, com coisas que estão relacionadas a vida, que é o nascer, o crescer, o cuidado, porque eles perdem essa sensibilidade de cuidado consigo mesmo e com as pessoas a sua volta e com as coisas”,

 diz Cleuza.

Assista à reportagem completa:

Mostrar próximo post
Carregando
vulkan vegas, vulkan casino, vulkan vegas casino, vulkan vegas login, vulkan vegas deutschland, vulkan vegas bonus code, vulkan vegas promo code, vulkan vegas österreich, vulkan vegas erfahrung, vulkan vegas bonus code 50 freispiele, 1win, 1 win, 1win az, 1win giriş, 1win aviator, 1 win az, 1win azerbaycan, 1win yukle, pin up, pinup, pin up casino, pin-up, pinup az, pin-up casino giriş, pin-up casino, pin-up kazino, pin up azerbaycan, pin up az, mostbet, mostbet uz, mostbet skachat, mostbet apk, mostbet uz kirish, mostbet online, mostbet casino, mostbet o'ynash, mostbet uz online, most bet, mostbet, mostbet az, mostbet giriş, mostbet yukle, mostbet indir, mostbet aviator, mostbet casino, mostbet azerbaycan, mostbet yükle, mostbet qeydiyyat