Israel mantém 4ª dose de vacina e prevê onda da Ômicron perdendo força em uma semana

Publicado em 18 jan 2022, às 08h43. Atualizado às 09h08.

JERUSALÉM (Reuters) – Israel continuará a oferecer uma quarta dose de vacina contra a Covid-19, apesar das descobertas preliminares de que ela não é suficiente para prevenir as infecções pela variante Ômicron do coronavírus, disse um funcionário de saúde do país nesta terça-feira (18), prevendo que os contágios provocados pela cepa diminuirão em uma semana.

País mais rápido a iniciar a campanha de vacinação há um ano, Israel no mês passado começou a oferecer uma quarta dose – também conhecida como um segundo reforço – aos grupos mais vulneráveis e de alto risco. O país tem adiado a expansão da oferta para a população em geral.

Um estudo preliminar publicado pelo Sheba Medical Center de Israel na segunda-feira (17) constatou que a quarta dose aumenta os anticorpos para níveis ainda mais altos do que a terceira, mas “provavelmente” não o suficiente para afastar a altamente transmissível Ômicron.

O diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, descreveu essas descobertas como “sem surpresas, até certo ponto”, pois as infecções pela Ômicron haviam sido detectadas em algumas pessoas após terem recebido a quarta dose.

Mas “a proteção contra morbidade grave, especialmente para a população idosa e população em risco, ainda é proporcionada por esta vacina (dose) e, portanto, convido as pessoas a continuarem vindo para serem vacinadas”, disse ele à Rádio do Exército.

Em uma declaração na terça-feira, o Sheba Medical Center disse que, embora as vacinas da Pfizer e da Moderna em uso hoje em dia não forneçam proteção ideal contra a Ômicron, “é importante continuar vacinando a população em risco”.

Como em outros lugares, Israel tem visto casos de Covid-19 em espiral devido à Ômicron. Mas não registrou nenhuma morte pela variante, e Ash disse que não houve aumento no número de pacientes com Covid-19 que precisam de suporte respiratório, um indicador dos casos mais críticos.

“Em outra semana começaremos a ver uma queda nos números, mas ainda temos duas ou três semanas difíceis pela frente”, disse ele, acrescentando que alguns computadores do Ministério da Saúde haviam sido sobrecarregados pelo volume de dados de testes desde domingo, interrompendo as atualizações.

Por Dan Williams