Paraná declara situação de epidemia de dengue após aumento de casos

Publicado em 19 abr 2022, às 18h59. Atualizado em: 28 abr 2022 às 14h46.

O Paraná entrou em estado de epidemia de dengue nesta terça-feira (19). Com o aumento de casos, a situação foi declarada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

De agosto de 2021, quando teve início o atual ciclo epidemiológico, até esta terça, o boletim da Sesa contabilizou 80 mil notificações da doença – 14.964 a mais em relação à semana anterior – e cinco mortes no estado.

O boletim informa ainda que 365 municípios têm casos notificados, sendo que 287 tiveram confirmação de casos. Em uma semana, foi registrado o aumento de 39,86% nos casos confirmados, passando de 16.560 para 23.161.

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“Entramos em epidemia de dengue. Em cada boletim semanal os números apontavam para este desfecho. Apesar do nosso constante monitoramento, por parte da Vigilância Ambiental, os números aumentaram e agora precisamos reverter a situação. Tivemos óbitos e não queremos que os casos aumentem. Já tivemos um trabalho efetivo de combate à doença no passado recente, com apoio da sociedade, e convocamos a população novamente para este enfrentamento”,

diz o secretário de Estado da Saúde, César Neves

O governo aponta que o número de casos prováveis e de confirmados estão acima do esperado para o período, o que configura um cenário epidêmico.

As Macrorregiões Oeste e Norte concentram maior o maior número de casos confirmados. Francisco Beltrão, Medianeira, Arapongas, Cascavel, Salto do Lontra, Ampére, Catanduvas, Iracema do Oeste e Realeza foram os municípios com maior número de casos confirmados nas últimas seis semanas.

Entre 2019 e 2020, o Paraná enfrentou uma das piores epidemias de dengue da história, desde que começou a ser monitorada, em 1991. Nesse período foram registrados 227.724 casos confirmados da doença, com 177 mortes. Até então, o pior período havia sido entre 2015 e 2016, com pouco mais de 56 mil casos e 61 mortes.

“Nossas equipes já estão a campo nas regiões onde prevalece o maior número de casos, orientando a população. Estamos promovendo tutoriais para os médicos para esse enfrentamento para que haja o diagnóstico assertivo. Precisamos reavivar os métodos de combate da dengue. Aquele vaso de água, de entulho, na cisterna de captação de água, entulhos devem ser evitados, pois o criador do mosquito pode estar lá”,

afirma o secretário de Saúde

O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é causador também de outras doenças chamadas de arboviroses, caso da zika e chikungunya. De acordo com o boletim semanal, houve 210 notificações de chikungunya, com 12 casos foram confirmados.

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