Paraná reativa leitos de Covid-19 e espera pico da Ômicron na próxima semana

por Redação RIC.com.br
com informações e texto de Beatriz Frehner, da RICtv
Publicado em 24 jan 2022, às 20h33. Atualizado às 20h41.

A busca por exames cresceu tanto que em alguns laboratórios, alguns tipos de testes para Covid-19 já estão em falta. Pacientes com sintomas respiratórios estão lotando unidades de saúde. A variante Ômicron atingiu em cheio o Paraná, que hoje está entre os estados com maior taxa de transmissão da doença e a mais alta desde o início da pandemia. 

A taxa de transmissão está em 1.83, ou seja, para cada 100 contaminadas, outras 183 também são infectadas. Esse cenário colocou o Paraná entre os estados com maior incidência de casos de Covid-19 no momento. A média móvel subiu em torno de 220%, mas apesar da grande procura dos pacientes pela atenção primária de saúde, os hospitais e também Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para o novo coronavírus não estão sentindo a mesma demanda. 

“Se se infectar, provavelmente, a chance de desenvolver uma doença grave é muito pequena porque a grande parcela da população já é vacinada. Enquanto as UTIs, elas tem casos sim de Covid positivo, mas por sorte, há uma doença mais leve”,

explica o médico intensivista Rafael Deucher. 

Em apenas uma semana, entre 15 e 21 de janeiro, 831 mil casos de Covid-19 foram confirmados em todo o Brasil. Cento e quatro mil somente no Paraná. Em várias cidades o sistema de saúde precisou se readequar. Em Curitiba, são 10 unidades que atendem apenas sintomas respiratórios. Pelo estado, leitos que estavam desativados precisaram ser reabertos novamente.

“São quase 500 leitos de enfermaria a mais. Nós tínhamos pouco mais de 500 e vamos chegar a mil leitos de enfermaria nos próximos dias e aproveitamentos também e já fizemos um reforço inicial na reabertura de quase 100 leitos na região oeste do Paraná. Os leitos tem que estar à disposição, até porque estamos passando por um período de epidemia de H3N2. Então os quadros respiratórios mais graves começam a acontecer”,

pontua o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto. 

Ainda conforme o secretário, a estimativa é de que a Ômicron atinja seu pico no Paraná entre os dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro. “Nessas datas devemos ter um cenário parecido ao da Europa durante o pico da variante, vamos avaliar se após o pico teremos uma baixa na curva ou uma estabilidade”, completa. 

Assista à reportagem:

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