Variante Ômicron faz prefeituras suspenderem carnavais pelo Paraná
A nova mutação do coronavírus, a variante ômicron, ainda nem chegou ao Brasil. Pelo menos oficialmente, de forma comprovada através de exames. Mas ela já é motivo para que as prefeituras repensem o Carnaval 2022. Apesar disto, o secretário estadual de saúde, Beto Preto, afirmou que ainda é cedo para manter ou cancelar eventos, já que ainda não se conhece muito sobre a variante. Ele deu entrevista exclusiva à RIC Record TV, na noite desta segunda-feira (29), falando sobre a variante.
Algumas prefeituras do Paraná já estavam com a festividade confirmada, mas cancelaram devido à ameaça da variante. Outras decidiram manter a festividade, mas observando o cenário, podendo cancelar o Carnaval a qualquer momento.
Confira a situação nas principais cidades do Estado:
Matinhos e Guaratuba
Nestas cidades, onde ocorrem os blocos de rua, a festividade está mantida. Guaratuba, inclusive, que tem a famosa Guaratubanda há 40 anos, já abriu licitações para contratar os serviços necessários para organizar a festa. A cidade recebe, em geral, 400 mil pessoas por dia para o Carnaval, que ainda tem pré-carnaval na praia central, trio elétrico nos três dias, camarotes, desfiles de blocos e carnaval infantil.
Antonina e Paranaguá
Em Antonina, há o tradicional desfile das escolas de samba. Em Paranaguá, há blocos de rua. No entanto, ambas as prefeituras decidiram suspender as festividades. O prefeito Marcelo Roque, de Paranaguá, defendeu em suas redes sociais, ao anunciar o cancelamento, que o retorno das atividades tem que ser “gradual e responsável”. A festa de Revveillón também foi cancelada na cidade.
Curitiba
A capital tem duas grandes festas abertas: o desfile das escolas de samba, na Avenida Marechal Deodoro, e a Zombie Walk, o típico carnaval “dark” da cidade. Porém a prefeitura não se decidiu sobre o que fará das festas. “O formato do Carnaval 2022 em Curitiba depende do cenário da pandemia nas semanas que antecederem a festa popular”, disse a prefeitura, que vai aguardar para ver o que fazer.
Ponta Grossa
A Prefeitura de Ponta Grossa disse que estão avaliando a questão com cautela, mas que ainda não tem uma definição sobre o evento na cidade. O executivo municipal relatou que entende a importância do carnaval como uma das mais importantes manifestações culturais do povo Brasileiro, mas que é preciso avaliar com muita responsabilidade a relação com a pandemia e os riscos.
Londrina
Na cidade, os tradicionais bloquinhos de rua se reúnem no Zerão, na Concha Acústica e no Aterro do Igapó. A prefeitura local ainda não decidiu o que fará, se vai cancelar os eventos, ou se vai autorizar.
Maringá
A cidade não tem grandes tradicões carnavalescas. Quando ocorrem, são festas particulares, algumas às vezes apoiadas pela secretaria de cultura. Mas a prefeitura informou que terá uma reunião para conversar sonre o assunto em breve.
Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo
Foz do Iguaçu tem diversos blocos particulares que saem pelas ruas. Um deles é bem conhecido, a Escolha da Menina Veneno, no qual os homens se vestem de mulher e há a escolha da “menina veneno”. O prefeito da cidade, Chico Brasileiro, publicou um vídeo em sua página informando que será encaminhado uma solicitação para que o carnaval 2022 seja cancelado na cidade. De acordo com o prefeito, é importante o cancelamento como uma medida de prevenção contra a Covid-19.
Cascavel, que não possui festividades de rua, somente as festas em clubes (principalmente o Comercial e o Tuiuti), mas também não definiu nada sobre o tema.
Já em Toledo, há algumas festas em clubes e em ruas, algumas apoiadas pela secretaria de cultura. Conforme a prefeitura, alguns organizadores destas festas sempre pediam apoio da Secretaria de Cultural, apenas para ajudar na sonorização. Mas, até o momento, a secretaria não recebeu nenhum pedido e, por enquanto, não há nenhuma festa de rua programada na cidade.
O que diz a Sesa sobre a Ômicron
O secretário Beto Preto esteve nos estúdios da RIC Record TV e disse que ainda é cedo para que as autoridades cancelem festas. Não que a variante não seja preocupante. Ele disse que, por enquanto, não se sabe nada sobre a Ômicron, que acabou de ser descoberta na África do Sul.
“Não dá nem pra saber mesmo se ela é da África. Pode ter originado em outro país e já estar há algum tempo circulando em vários locais. Não é possível saber. Por isso, precisamos ter tranquilidade em qualquer decisão neste momento. Por isto, antes de fazer qualquer alarde com a informação, vamos manter nossa tocada: manter vacina e o uso de máscara“,
afirmou Beto Preto
O secretário afirmou que, nesta segunda-feira (29), sairia um relatório europeu sobre a nova variante. Ele disse que deverá ler a nota técnica e aguardar o pronunciamento da Anvisa e do Minsitério da Saúde, com orientações sobre a Ômicron. E que é preciso ainda esperar pelo menos 48 horas a 72 horas para que todos tenham um mínimo de informações sobre a Ômicron, se ela é mais ou menos agressiva que a Delta, se é ou não sensível às vacinas que estão sendo ministradas no Brasil, etc.