A cada três horas, uma pessoa cai no 'golpe do Pix' em Londrina
Um levantamento exclusivo feito pela equipe da RIC Record TV Londrina, no norte do Paraná, aponta que a cada três hora e alguns minutos, pelo menos uma pessoa cai no “golpe do PIX na cidade. Em cerca de um ano, foram 1216 golpes aplicados. Só em setembro deste ano, o número de registros é de 192. Ao todo, são cerca de sete casos por dia.
“O destinatário pode ter acesso aos valores quase que alguns segundos depois. Isso faz com que isso facilite para o criminoso também, porque quando ele pratica um crime, ele consegue receber valores fingindo ser um pagamento, um pagamento de contas, um empréstimo de um familiar, por meio do PIX, ele tem acesso a esses valores e ele consegue destinar para outras contas, também criminosas, até mesmo retirar esse dinheiro em espécie, isso acaba dificultando bastante reaver esses valores através de uma investigação ou por parte da denúncia de uma vítima”,
comenta o advogado especialista em crimes digitais, Fernando Peres.
O limite de transferência determinado pelo Banco Central, de apenas R$1 mil entre as 20h e as 6h, não impediu a continuação – e até crescimento – da ação dos bandidos. A confeiteira Daniela Moretto faz parte das estatísticas. Com mais de oito mil seguidores no Instagram, conquistados ao longo de quatro anos, Daniela viu seus bolos darem lugar a anúncios de sofás e celulares. Os hackers clonaram sua rede social e pediram que os compradores transferissem os valores por PIX. Ao todo, os bandidos conseguiram quase 10 mil.
“E o pessoal começou a cair. Por me conhecer, no momento, eles iam e compravam, daqui um pouco mandavam para mim no celular a foto do PIX ou, às vezes, muitas vezes, durante a conversa, vinha me fala ‘dani, aquilo lá foi um golpe?’, eu falei ‘é’, e aí a pessoa falava assim ‘nossa, caí’. Eu falava ‘nossa, com quanto?’, a pessoa comentava sabe, mas, assim, a pessoa ficou dois dias usando meu Instagram a arrecadou uma boa grana esse hacker […] teve de R$3200,00, dois de R$1300,00, R$800,00, R$500,00, R$300,00, vários valores.”
conta a confeiteira.
Dica
Para quem quer evitar cair em golpes como esse, a melhor dica é prestar atenção nos dados que aparecem na tela na hora do pagamento.
“Quando vamos realizar um pagamento por um produto em um serviço, é assegura que o nome do destinatário da transferência é igual do prestador de serviços, igual da loja, preferência para transferência de valores para pessoas jurídicas, ou seja, que tenha um CNPJ, para garantir que esses valores estão sendo direcionados para empresa ou profissional que desejamos realizar o pagamento.”
destaca o advogado.
