O motorista acusado de causar o acidente de trânsito que matou três pessoas da mesma família foi condenado a 9 anos e 8 meses e 7 dias de prisão, na noite desta terça-feira (7), pelo Tribunal do Júri, por triplo homicídio, lesão corporal grave e fuga à responsabilidade.
Após quase dez horas de julgamento, Eduardo Vitor Garzuze foi encaminhado à prisão ainda na noite de terça-feira.
Acidente que matou as três pessoas da mesma família ocorreu na volta de formatura
As vítimas voltavam da festa de formatura de Anelize Empinotti quando o veículo em que estavam foi atingido pelo carro conduzido por Eduardo. São elas:
- Gabrielle Empinotti, de 23 anos;
- Lorena Camargo, de 47 anos, mãe de Gabrielle;
- Igor Empinotti, de 9 anos, sobrinho de Gabrielle e filho de Anelize;
- Jackson Adriano Ferreira, namorado de Gabrielle, ficou gravemente ferido, mas sobreviveu.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Eduardo diria em alta velocidade quando bateu contra o veículo da família no cruzamento da Avenida Silva Jardim com a Rua Alferes Poli. Minutos antes, na Rua Cândido Xavier, ele havia se envolvido em outra colisão, menos grave, devido ao excesso de velocidade.
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Acusado havia bebido
À época do acidente, Eduardo também ficou ferido e foi encaminhado ao hospital. No local, os médicos colheram amostras de sangue que comprovaram que o jovem havia ingerido bebida alcoólica. No entanto, não foi especificada a quantidade de álcool por ml de sangue, o que, segundo a defesa, não poderia comprovar o estado de embriaguez. Os advogados do réu também alegam que ele não pode beber devido a diabete.
Outra questão apontada pela defesa é de que o laudo do acidente comprovou que o veículo, onde estavam as três pessoas da mesma família que morreram durante o acidente, furou o sinal vermelho e, por isso, foi atingido em cheio pelo carro de Eduardo que seguia a 97 Km/h. Gabrielle estava na direção.
Clauber de Oliveira, advogado de Eduardo, declarou que irá recorrer a decisão para tentar diminuir a pena e também solicitar um habeas corpus pois, segundo ele, a prisão imediata foi injusta.
Familiares das três pessoas mortas no acidente acompanharam o julgamento
Anelize Empinotti, mãe de Igor e irmã de Gabrielle, declarou emocionada que espera que a condenação sirva de exemplo para outros motoristas.“É muita tristeza, mas pelo menos a Justiça foi feita. A gente conseguiu uma condenação que eu espero que seja exemplar pra que as pessoas pensem um pouco. Pra que saibam que há consequências, que não é impunidade total e absoluta e pra que nenhuma família mais precise passar pelo o que a gente passou”, disse.
