Um dos sobreviventes confirmou à polícia que grupo de amigos havia bebido antes de saírem de carro de uma balada
Douglas Henrique da Costa Gomes, de 21 anos, o motorista do Citröen Picasso que causou um acidente com cinco mortes na manhã do último domingo (5), se apresentou nesta manhã de terça-feira (7) à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba.
Por se apresentar depois de 72 horas do acidente, ele escapou da prisão em flagrante e aguardará em liberdade pelo julgamento. Douglas fugiu após provocar o acidente na BR-476, a Linha Verde, no bairro Pinheirinho.
O Citroën Picasso que ele dirigia parou em cima de um Corcel e os dois veículos pegaram fogo. Cinco pessoas morreram carbonizadas no acidente. João Paulo Marques, de 18 anos, estava no Picasso que provocou o acidente e já prestou depoimento confirmando que os quatro ocupantes do veículo haviam ingerido bebida alcoólica antes do acidente, inclusive o motorista.
“Ele confirmou que haviam saído de uma casa noturna e que haviam bebido uma garrafa de vodca. Ele também disse que o carro estava em alta velocidade, cerca de 150 km/h, ele alega”, explicou o delegado Anderson Ormeni. Já o motorista disse em depoimento, nesta manhã, que o carro trafegava a 70 ou 80 km/h, contou o delegado à equipe de reportagem da RICTV Curitiba.
Divulgadas mais tarde, imagens da casa noturna em que o motorista do Citroën esteve antes do acidente com os outros passageiros o mostram com uma garrafa na mão (veja na reportagem do Cidade Alerta, abaixo).
A reportagem da RICTV teve acesso às comandas dada ao motorista e aos passageiros na casa noturna. Ela mostra, por exemplo, que eles entraram no local à 1h32 e sairam quatro horas depois. Também revela que eles consumiram um combo com vodca e outro com cerveja.
Fuga
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Ainda de acordo com o responsável pelas investigações, Douglas alegou ter fugido pois estava assustado e transtornado. Ele saiu da cena do acidente, pegou um táxi até sua casa, arrumou uma mala e se escondeu na residência de um conhecido.
Vítimas
Entre as cinco pessoas que morreram, dois jovens de 20 e 24 anos estavam no Picasso, e outros três estavam no Corcel.
Gabriel Cardoso de Lima, de 20 anos, estava no Corcel e voltava do trabalho com dois colegas. Ele planejava ir à casa da namorada naquele domingo. Eles descobriram que a jovem está grávida e planejavam contar para a família.
A mãe do rapaz, Marilu de Lima, está inconsolável, principalmente com a burocracia para identificar o corpo carbonizado do filho. “Nove meses pra fazer o exame de DNA. Isso não é justo com uma mãe. Eu não posso esperar nove meses pra enterrar meu filho”, disse ela aos prantos enquanto saía do Instituto Médico Legal (IML), no dia do ocorrido.
Assista à reportagem do Cidade Alerta sobre o caso.
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