As buscas por restos mortais na área do acidente onde caiu o avião da comitiva do candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, estão encerradas, de acordo com o perito criminal da Polícia Científica Antônio Nogueira. As sete pessoas a bordo morreram no choque. Os 13 imóveis ao redor continuam interditados e cerca de 50 pessoas estão desalojadas, sem poder retornar para casa.

Segundo Nogueira, praticamente todos os restos mortais dos ocupantes da aeronave já foram recolhidos e encaminhados ao Instituto Médico-Legal Central, na capital paulista, onde passarão por testes de DNA. “Basicamente, o que estão indo [para São Paulo] são as peças anatômicas, ou seja, partes de corpos para serem identificados”, declarou.

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O funeral está sendo preparado pelo governo pernambucano e ocorrerá assim que o traslado dos corpos for concluído. Clique aqui e saiba mais.

Buscas

Equipes do Corpo de Bombeiros fizeram buscas durante toda a madrugada. De acordo com o perito, a Policia Científica manteve de 25 a 30 pessoas trabalhando durante a madrugada. Na manhã desta quinta-feira, 14, as equipes realizaram as últimas buscas pelos restos mortais. A previsão era que os trabalhos encerrassem por volta do meio-dia.

Os homens se concentraram em uma cratera de aproximadamente 10 metros quadrados onde o jato que transportava Eduardo Campos caiu. “Depois [da queda] houve o espalhamento [dos destroços], devido à força do impacto”, explicou o perito.

As principais peças da aeronave encontradas entre os destroços vão ser examinadas pela Aeronáutica. Muitos fatores, como o local onde cada parte foi encontrada, serão levados em consideração durante as investigações das causas da queda. A caixa preta da aeronave já chegou em Brasília.

O equipamento foi encaminhado para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), onde foi iniciado o processo de desmontagem para o acesso à memória interna e avaliação das condições de leitura dos dados.

Não há previsão de quanto tempo levará para que a perícia possa apontar um motivo. “No acidente da TAM, foram praticamente 20 meses”, declarou. O acidente com o avião da TAM ocorreu em 2007, enquanto pousava no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, e resultou na morte de 199 pessoas.

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