Acidente com caminhão tanque na BR 277 deixou seis pessoas mortas. (Foto: Reprodução/RICTV Record)

Acidente com caminhão tanque matou seis pessoas na Serra do Mar em Morretes

O Polícia Civil deve pedir a prorrogação do inquérito que investiga o acidente com um caminhão tanque na BR 277 por mais 30 dias. O pedido deve ser encaminhado ainda hoje. A tragédia, que completa um mês nesta quarta-feira (3), deixou seis vitimas fatais. Entre elas, estavam os pais de um bebê de seis meses que foi salvo da tragédia pelo próprio pai

De acordo com o delegado que cuida do caso, ainda faltam novas informações para concluir o inquérito que aponta as responsabilidades pelo acidente, além da conclusão da perícia.

O motorista do caminhão, que não teve ferimentos, responde por crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele ficou preso por dois dias e foi liberado depois de pagar fiança fixada em R$ 8,8 mil. À Polícia, ele disse que o painel do veículo estava apontando para uma falha nos freios. A empresa Concórdia Logística, dona do caminhão, admitiu que autorizou o motorista a seguir viagem mesmo com o alerta mecânico.

Até o momento, os familiares das vítimas não receberam qualquer tipo de indenização.

O caso

No dia 3 de julho um caminhão tanque carregado com etanol tombou na descida do km 33 da BR 277, em Morretes, e atingiu vários carros que subiam a Serra do Mar no sentido Curitiba. A tragédia deixou seis pessoas mortas e várias feridas. Imagens das câmeras de monitoramento da rodovia mostram o momento exato do acidente.

O trecho onde ocorreu a tragédia foi considerado em um laudo da Polícia Federal como o mais perigoso entre Curitiba e Paranaguá.  Nos últimos 10 anos foram registrados 189 tombamentos no mesmo local. O laudo da PF aponta uma série de medidas no trecho para aumentar a segurança.

O mesmo laudo da PF indica que houve danos ao meio ambiente, mas sem gravidade, devido ao vazamento do etanol e ao fogo que consumiu aproximadamente 200 metros de vegetação no entorno do local do acidente.