O caso do motoboy morto em acidente em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na noite desta quinta-feira (28), segue com novos desdobramentos. O empresário de 45 anos, suspeito de matar o motoboy Guilherme Oliveira, de 21 anos, foi liberado da delegacia durante esta madrugada e causou revolta entre a família do jovem, que disse estar “inconformada”.

Em entrevista concedida ao repórter Thiago Silva durante o programa Balanço Geral desta sexta-feira (29), a família do motoboy, que estava em frente à delegacia após coletar o laudo cadavérico do rapaz, demonstrou indignação com a falta de punição imediata ao motorista da caminhonete que trafegava na contramão quando atropelou Oliveira.
“Ontem perdi a metade de mim, por causa de um bêbado…”, disse o pai do motoboy morto em acidente.
Família de motoboy morto em acidente em Colombo questiona justiça
Durante a entrevista, a tia do rapaz reforçou o quanto Oliveira era um rapaz trabalhador e que estava apenas tentando conquistar seu espaço.
“A família está inconformada porque ele [empresário] saiu de casa para tirar o nosso menino da gente. Nosso menino só saiu para trabalhar, para conquistar a vida, ele estava vivendo. Por uma imprudência, a gente não tem mais ele. Ele já saiu da delegacia e o Guilherme está no IML”.
A tia do motoboy morto em acidente ainda questionou a justiça. “Onde está a justiça do nosso país? Até onde isso vai? Só porque ele [empresário] tem dinheiro e a gente não tem? Por que nós somos pobres e trabalhadores e ele muito tem muito mais do que a gente, ele, simplesmente, fica dois minutos dentro da delegacia e sai?”.
Ao lado da tia, estava também a irmã de Oliveira, que expressou o quanto a família tem sofrido com a morte do rapaz. “O que mais dói foi chegar na minha mãe, ir no quarto dele e ver meu irmão de 3 anos falar: irmã, você está aqui, mas cadê meu irmão?”, contou.
A família, naquele momento, estava indo para o cemitério para sepultar o corpo do jovem.
Polícia Civil divulga nota sobre caso de motoboy morto em acidente
Ainda durante o Balanço Geral, a Polícia Civil explicou os motivos pelos quais o empresário que dirigia a caminhonete que atingiu Oliveira não foi preso em flagrante.
De acordo com o comunicado, as autoridades já abriram inquérito para investigar o caso, que, por enquanto, é tratado como homicídio culposo. O inquérito tem um prazo de 30 dias até a conclusão.
Caso fique comprovado que o empresário assumiu o risco de provocar a morte da vítima, poderá responder pelo crime de homicídio doloso.
Ainda em nota, a polícia diz que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, não coube prisão em flagrante ou fiança, uma vez que o motorista que causou o acidente permaneceu no local até a chegada da polícia.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!