PRF nega que responsabilizou Arteris pela liberação da BR-376, após fala de superintendente

Publicado em 1 dez 2022, às 10h29.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu uma nota oficial, na manhã desta quinta-feira (01), considerando ser “inverídica” a afirmação de que responsabiliza a concessionária Arteris pela liberação do tráfego de veículos na BR-376. O deslizamento ocorrido na noite de segunda-feira matou, ao menos, duas pessoas e que pode ter soterrado 15 carros e caminhões. A estimativa é de que existam 30 pessoas vítimas do soterramento.

A nota da PRF foi divulgada um dia após a fala do superintendente da PRF, Antônio Paim, na última terça-feira (30), durante a coletiva do gabinete de crise formado pelo governo do Paraná. Paim afirma que cabe à própria concessionária avaliar e agir de acordo com os levantamentos e históricos de ações que se tem no local.

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“Quem tem todo o inventário das rodovias com relação a todas as obras, tudo que é feito, seja na própria pista, como galerias e tudo mais, justamento para garantir uma condição de segurança é o orgão rodoviário responsável. Nesse caso há uma concessão pública e quem assume é o orgão rodoiviário. Essa condição, principalmente numa serra, é uma situação muito dinâmica, e é uma questão da própria concessionária avaliar e agir de acordo com os levantamentos e os históricos das ações que se têm no local”, disse Paim.

Além da PRF, na última quarta-feira (30), o coronel Fernando Schuning, da Defesa Civil do Paraná, disse que a concessionária tinha ciência do risco de deslizamento.

“A concessionária já estava no local fazendo obras inclusive, que já é uma área mapeada como área de risco dentro dessa serra. Então o trabalho da Defesa Civil se restringe neste momento a orientação e os meios necessário de apoio para resgate dessas vítimas por parte do Corpo de Bombeiros”

O trecho da BR-376 onde houve o deslizamento foi bloqueado na tarde de segunda-feira, após uma deslizamento de menores proporções. O trânsito, então, foi liberado pela concessionária e, logo após, por volta das 19 horas, houve o maior deslizamento.

A Arteris se pronunciou na noite da última quarta-feira e afirmou que possui um programa permanente de monitoramento de encostas e que o trecho é acompanhado periodicamente. Ainda afirmou que qualquer afirmação sobre as causas seria prematura.