Os 13 sobrevivente da queda de um balão de ar quente, em Praia Grande, no Extremo Sul de Santa Catarina, pularam do cesto quando o piloto conseguiu aproximar o equipamento do solo. De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), as oito vítimas fatais do acidente não conseguiram escapar neste momento porque as chamas se tornaram mais fortes. Em seguida, o balão voltou a subir antes de ser consumido pelo fogo, causando a queda do cesto com os passageiros remanescentes.

Balão pega fogo no céu de Santa Catarina e despenca, montagem com três imagens do acidente
Queda de balão causou oito mortes em Santa Catarina (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Em entrevista ao Portal ND+, o policial civil Tiago Luiz Lemos explicou como a manobra do piloto ajudou a evitar uma tragédia de maiores dimensões. De acordo com Lemos, o piloto relatou que o fogo começou dentro do cesto do balão, provavelmente no maçarico auxiliar, que é o equipamento usado como reserva em caso de falha da chama principal.

Manobra de piloto evitou tragédia maior em queda de balão em chamas

Então, de acordo com o policial civil, ao notar as chamas, o piloto tentou uma descida de emergência. Em seguida, quando o balão já estava próximo ao solo, ele orientou que os passageiros pulassem da cesta. Foi nesse momento que o piloto e 12 passageiros conseguiram abandonar o balão em chamas.

No entanto, ainda de acordo com Lemos, outros oito passageiros não conseguiram escapar neste momento. Em seguida, o balão voltou a subir, devido ao menor peso após a saída da maioria das pessoas que estavam no voo. Posteriormente, as chamas se alastraram pelo cesto, que então se desprendeu do balão e despencou em queda livre de uma grande altura.

restos dos equipamentos e do cesto do balão que caiu após pegar fogo em Praia Grande, Santa Catarina, causando a morte de oito pessoas
Restos do balão caíram em área de mata (Foto: Reprodução/ND+)

“As pessoas que não pularam, devido à redução de peso, acabaram subindo novamente com o o balão. Depois, elas caíram com a perda total de sustentação”, explicou o policial. Ao menos duas das vítimas fatais se atiraram do cesto em chamas no momento dessa nova subida.

Polícia investiga se mais uma passageira estaria no voo do balão

Em uma entrevista coletiva, a PCSC confirmou que o piloto do balão relatou que o fogo começou no maçarico auxiliar. No entanto, ele não soube precisar se o maçarico acendeu sozinho, permaneceu ligado ou apresentou alguma falha de funcionamento.

O certo é que as chamas que saíram desse equipamento logo se alastraram pelo cesto do balão. Foi então que o piloto realizou a tentativa de pouso de emergência, que possibilitou que 13 pessoas escapassem com vida da tragédia.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, existem indícios de que uma passageira extra tenha embarcado de última hora. Assim, as equipes seguem realizando buscas na área da queda para tentar localizar essa possível vítima, o que elevaria para nove o número de mortes no acidente.

Montagem de fotos mostra balão no momento da decolagem e em chamas no céu
Polícia investiga se o balão tinha uma passageira a mais do que o oficialmente divulgado (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Perícia trabalha na identificação das vítimas da queda do balão em chamas

No momento, os peritos da Polícia Científica de Santa Catarina trabalham na identificação dos corpos da oito vítimas fatais já confirmadas. De acordo com o órgão, diversos profissionais de engenharia forense, genética, medicina legal, papiloscopia e antropologia forense trabalham nesta identificação e na apuração das causas do acidente.

Já a Prefeitura de Praia Grande expressou solidariedade às famílias das vítimas e informa ter mobilizado equipes para acolhimento psicológico e assistência emergencial ao familiares, que devem chegar ao município para o reconhecimento e liberação dos corpos dos turistas mortos na queda.

Assista ao vídeo da queda do balão:

Polícia confirmou a morte de oito pessoas na queda do balão (Vídeo: Reprodução/ Redes Sociais)

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perfil Luciano Balarotti
Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.