A curitibana Amanda Alves Moreira, de 26 anos, que estava desaparecida há quase duas semanas, foi localizada presa no centro de detenção de Fleury-Mérogis, nas proximidades de Paris, na França. A informação foi confirmada pelo Consulado-Geral do Brasil em Paris, nesta terça-feira (4).
De acordo com o comunicado oficial, Amanda não pode realizar ligações telefônicas, mas enviou uma mensagem informando que será julgada em breve e pediu que a família não se preocupasse. “Ela também deseja dizer que não pode ligar imediatamente, mas que fará assim que possível”, diz o texto.
Entenda o caso de Amanda Alves
Amanda estava desaparecida desde o dia 24 de outubro. Antes de perder o contato com a família, ela havia enviado à mãe uma localização de Campo Grande (MS) e a foto de um passaporte, o que levantou suspeitas de que estivesse viajando. A jovem saiu de Curitiba (PR) com uma mala rosa, mas imagens registradas em Guarulhos (SP) mostraram que ela apareceu deixando um hostel com uma mala preta, antes de embarcar em um carro e desaparecer.
A família chegou a registrar boletins de ocorrência em Curitiba e em São Paulo. Segundo uma amiga, Amanda teria sido aliciada por um homem que prometeu custear passaporte, passagens e hospedagem de cinco dias na Europa.
Relação com tráfico de drogas
A delegada Cleonice Silva, que acompanha o caso, informou que a prisão de Amanda pode ter relação com tráfico de drogas e que a investigação tramita em segredo de justiça. A apuração envolve uma organização criminosa ligada ao tráfico internacional de pessoas.
“É muito comum que essas pessoas que fazem parte dessa organização aliciem jovens. Elas são seduzidas com promessas de conhecer a Europa e de ganhos em euros”, explicou a delegada.
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A mãe de Amanda relatou alívio ao saber que a filha está viva:
“Aquela angústia que apertava diminuiu bastante. O que eu queria era só saber se ela estava viva. Meu medo era nunca mais ter notícias dela. Ela está há cerca de uma semana presa lá, mas foi difícil o contato”, contou.
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Repórter
Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.
