O homem acusado de causar a morte de uma fiscal de loja de um hipermercado de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, após se recusar a usar uma máscara facial durante a pandemia da Covid-19, foi inocentado pela Justiça.
Segundo informações dos repórteres Lucas Sarzi e Antonio Nascimento da Banda B, o empresário Danir Garbossa recebeu medida de segurança, por meio de tratamento ambulatorial, pelos próximos três anos.
“A cessação da periculosidade deverá ser averiguada periódica e anualmente, ou, a qualquer tempo, se o juízo da execução assim determinar”, pontuou na decisão a juíza Priscila Crocetti.
O advogado de Garbossa, Igor Salmen, disse que a decisão da Justiça acompanha a veracidade do caso.
“Como advogado sempre alertei sobre a inocência do meu cliente, sempre sustentei e disse em alto bom tom que ele seria inocentado, seria absolvido. Infelizmente no dia nós tivemos uma tragédia, uma tragédia que meu cliente também foi vítima de uma situação que ele estava refém, sequer ele poderia imaginar que estaria doente naquela época”, aponta.
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Em abril de 2020, durante a pandemia da Covid-19, Garbossa foi até um hipermercado de Araucária e ao ser confrontado por um vigilante do estabelecimento, Wilhan Pinheiro Soares, se recusou a colocar a máscara facial – que na época, era de uso obrigatório segundo a legislação vigente.
Se iniciou então uma discussão entre Garbossa e o vigilante, que terminou com o profissional de segurança disparando uma arma de fogo e ferindo Maria Aparecida Ribeiro, fiscal de loja do hipermercado. Maria tinha 45 anos e era mão de dois filhos, de 15 e 18 anos.
“Sempre sustentamos que a única pessoa que deveria ter sido responsabilizada era o vigilante armado, pessoa que saiu de forma totalmente equivocada como herói da situação, sendo que é um assassino. Essa pessoa tinha que ser responsabilizada, tinha que estar presa até hoje, e tinha que ir a júri popular para responder pelo que fez, porque ele não tinha preparo para usar uma arma de fogo, não deveria estar lá”, finaliza Salmen.
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Editor
Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.
