Os dois acusados de matar o delegado José Antônio Zuba de Oliveira e o funcionário público Adilson da Silva no município de Pontal do Paraná, em 2010, foram condenados nesta quarta-feira (16), após um julgamento que durou mais de 36 horas, no Fórum de Matinhos, litoral do Paraná. Paulo Roberto Pereira Quintal e Francisco Diego Vidal, que já estavam presos há quatro anos, enquanto aguardavam o julgamento, foram denunciados por homicídio doloso qualificado (quando há intenção de matar), formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo.
Paulo Roberto foi condenado a 46 anos de prisão em regime fechado pela autoria dos dois homicídios, formação de quadrilha e porte ilegal de armar, furto e resistência. Já Francisco Diego foi condenado a 20 anos de prisão por participação nos assassinatos, formação de quadrilha e porte ilegal de arma.
Relembre o caso
Zuba tinha 47 anos, atuava na Polícia Civil há 23 anos e foi morto durante uma averiguação de denúncia de porte de arma em um camping. De acordo com informações da Delegacia de Polícia Civil de Pontal, na manhã do dia 24 de agosto de 2010, Zuba saiu da delegacia, acompanhado de duas investigadoras e um funcionário público que colaborava com a polícia local. Eles foram averiguar uma denúncia de que havia homens armados em um camping da cidade. Durante a abordagem aos suspeitos, as duas policiais foram rendidas. Zuba e o outro homem foram baleados. O delegado morreu na hora e o funcionário público faleceu logo depois no hospital.
Os suspeitos envolvidos na morte do delegado forem presos ainda em 2010. Segundo informações, a quadrilha seria integrante do Comando Vermelho da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, chegaram ao Paraná e alugaram uma casa em matinhos. Após levantar suspeitas foram para um camping, em Pontal, onde foram denunciados por porte de armas de fogo.