O adolescente Rowan Thompson, de 17 anos, foi acusado de esfaquear a mãe Joanna Thompson, de 50 anos, 118 vezes após voltarem de uma corrida matinal.

No ataque, Rowan também teria estrangulado a mãe na sala de estar da propriedade onde viviam nos Estados Unidos (EUA). As facadas, segundo o jornal The Sun, foram dadas 38 vezes na testa, 64 vezes no pescoço e 16 vezes no braço.

Adolescente esfaqueia mãe 118 vezes e liga pra polícia para confessar o crime

Logo após cometer o crime, a polícia local declarou que o jovem ligou para a central de maneira calma e confessou o crime.

“Acabei de matar minha mãe. Eu a estrangulei e tenho a esfaqueado com vários tipos de facas”, disse ele no telefone.

Segundo o policial que foi até a propriedade, Rowan Thompson estava no local do crime extreamente calmo e composto. “Parecia estar mais preocupado com o gato do que com a mãe”.

O inquérito do crime apontou que antes do crime a mãe e o filho tiveram discussões calorosas à respeito da maneira que o adolescente levava a vida. Na ocasião, Rowan havia se mudado para a casa do pai, e apenas visitava à mãe aos finais de semana.

Além disso, a investigação também descobriu que Rowan havia trocado seu nome para Ben após declarar que não tinha gênero, e já havia sido internado em hospitais de saúde mental após uma tentativa de suicídio e crises de depressão.

Na Winchester Coroner’s Court, o áudio da ligação onde o adolescente confessava o crime foi reproduzido.

“Acabei de matar minha mãe. Preciso que alguém me prenda, pois é isso que você faz… e uma ambulância também seria bom (…). Meu irmão mais novo está na escola, ele deve voltar mais tarde. Ela não está respirando. Traga um saco para guardar cadáveres ou o que quer que seja. Tenho 99,9% de certeza de que ela não está respirando”.

No telefone, o adolescente também disse exatamente como executou o crime e afirmou ter colocado as facas usadas na lava-louças “pra garantir” a limpeza.

Foto: reprodução The Sun e Solent News

Conforme o pai do garoto, Marc Thompson, de 51 anos, seu filho teria sido reprovado pelas unidades de saúde, e o crime não teria acontecido se ele tivesse permanicido internado para receber ajuda apropriada.

“As coisas teriam sido diferentes porque seus cuidados subsequentes teriam sido feitos sob medida para isso. Ele tinha problemas de identidade de gênero e foi identificado como não binário, mas foi colocado em uma unidade que segregava meninos e meninas, tornando seus problemas piores. É o caso de um jovem problemático que estava lutando e fracassou. O que ele fez o destruiu, ele amava sua mãe. Ele sabia que o que aconteceu era errado”, disse Marc em entrevista ao The Sun.

Jovem foi encontrado morto quatro dias antes de seu julgamento

O crime, que aconteceu em julho de 2019, acabou levando o adolescente novamente para um centro de tratamento de saúde mental, mas em outubro deste ano o jovem foi encontrado morto quatro dias antes de seu julgamento.