Um adolescente de 16 anos foi internado após estruprar o irmão mais novo, de cinco, em mais de uma ocasião. Além disso, o rapaz filmou as agressões e tirou fotos, tudo à pedido de um adulto em um aplicativo de mensagens online. O adolescente, que não foi identificado, foi levado a uma delegacia em São Paulo, nesta quarta-feira (23).

policiais levando adolescente preso
O rapaz utilizava um aplicativo de mensagens para compartilhar os conteúdos. (Foto: SESP-SP)

De acordo com a polícia, o adolescente acreditava conversar com uma jovem no aplicativo Zangi, de troca de mensagens, para quem ele enviava os conteúdos. Entretanto, o rapaz estava conversando com um homem adulto, que o convenceu a estuprar o irmão mais de uma vez e a gravar toda a ação.

O homem foi preso na segunda metade do ano passado por ter uma grande quantidade de arquivos com pornografia infantil, entre eles os gravados pelo adolescente preso nesta quarta (24). A partir da primeira prisão, foi possível identificar o adolescente.

Segundo o portal Metrópoles, a Polícia Civil abordou o adolescente após constatar em investigação a produção de conteúdo pornográfico por parte do jovem. A Justiça encaminhou o jovem para a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa), mantendo-o internado enquanto aguarda julgamento pelo crime ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.

Pais não sabiam dos crimes

Segundo informações, os pais desconheciam os abusos, a produção e o compartilhamento de conteúdo pornográfico realizado pelo filho mais velho. Ao filho mais novo, foi oferecido atendimento e suporte psicológico.

policiais vasculhando quarto
Os policiais conseguiram ligar o adoescente aos crimes após a prisão do homem com quem ele conversava (Foto: Divulgação/PCDF)

Que aplicativo foi usado?

O Zangi é semelhante ao WhatsApp, Telegram e Messenger. A diferença é que ele tem uma estrutura que facilita o anonimato, não exigindo dados pessoais para cadastro e não tem quaisquer mecanismos para a coleta de informações para um servidor. No entanto, todas as conversas e arquivos compartilhados ficam armazenados somente nos aparelhos dos envolvidos, o que dificultou as investigações.

*Com supervisão de Jonathas Bertaze.

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Caio Yuke

Estagiário de jornalismo

Caio Yuke, estagiário cursando o 8º período do curso de jornalismo da PUCPR, com o trabalho voltado principalmente às áreas de Loterias e Esportes, além de atualizações de 'onde assistir' aos jogos.

Caio Yuke, estagiário cursando o 8º período do curso de jornalismo da PUCPR, com o trabalho voltado principalmente às áreas de Loterias e Esportes, além de atualizações de 'onde assistir' aos jogos.