Duas adolescentes foram apreendidas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) após aliciarem colegas de uma escola estadual de Guamiranga, nos Campos Gerais, a produzirem conteúdos de pornografia. Ambas foram encaminhadas na última quinta-feira (18) a um ao Centro de Socioeducação (CENSE).

As ações fizeram parte da Operação Sinergia III, estabelecida em conjunto com a Polícia Militar do Paraná (PMPR).
As investigações apontaram que as duas adolescentes ofereciam dinheiro a colegas para produção de conteúdos pornográficos extremos, como por exemplo, os de automutilação. Todos essas fotos e vídeos eram compartilhados em um aplicativo de mensagens.
Caso as vítimas se recusassem a produzir novos conteúdos, as duas adolescentes as ameaçavam de exposição da identidade delas, bem como em divulgar esses materiais em redes sociais.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, três adolescentes chegaram a produzir materiais em que fizeram cortes no corpo em formato de uma suástica. Outras duas jovens receberam proposta para criar esses conteúdos, mas recusaram.
Alguns desses materiais pornográficos chegaram a ser produzidos no colégio estadual onde as adolescentes apreendidas e as vítimas estudam.
Foram apreendidos quatro celulares, um canivete, lâminas, uma máscara e documentos que serão analisados pela investigação.
Secretaria da Educação afirma que acionou a polícia após adolescentes aliciarem colegas
Em nota encaminhada, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) apontou que após ter tido conhecimento do caso acionou as autoridades policiais.
A Secretaria ainda apontou que uma investigação interna na escola estadual foi aberta e que a equipe pedagógica tem colaborado com as autoridades.
“A Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) confirma a operação policial realizada pela Polícia Civil do Paraná em um colégio estadual de Guamiranga, na região Centro-Sul. Ao suspeitar de comportamento inadequado dentro da instituição, a direção escolar acionou imediatamente o Núcleo Regional de Educação de Irati, os responsáveis por estudantes envolvidos, o Batalhão de Patrulha Escolar e o Conselho Tutelar. Uma investigação interna também foi iniciada por meio da Ouvidoria. O caso corre em segredo de justiça. A direção escolar informa que foram adotados todos os procedimentos cabíveis diante da situação, e a equipe pedagógica colabora com as equipes de segurança pública”, pontua a nota.
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