Maringá - O advogado Éder Cordeiro de Azevedo, representante da família de Alencar Gonçalves de Souza, um dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no Noroeste do Paraná, disse durante entrevista exclusiva à Ric RECORD Maringá, nesta quarta-feira (17), que a última mensagem enviada do celular de Alencar pode ter sido escrita por outra pessoa.

De acordo com Éder Cordeiro, o último contato entre Alencar e a esposa foi no dia 5 de agosto, às 12h03, quando o homem disse que havia recebido o valor da dívida.
“Ele afirmou que tinha dado certo, que recebeu o dinheiro. A partir desse momento, 12h04 chegou a mensagem escrita, e após essa tentativa de contato, não chegou mais mensagem no celular de Alencar”, afirmou o advogado.
O advogado ainda apontou a suspeita de que não teria sido Alencar que enviou a mensagem, pois na região do encontro com os suspeitos, não havia sinal de celular.
“Ainda não temos como afirmar, mas pelos fatos, foi outra pessoa que usou o celular dele”, disse Éder Cordeiro.
Advogado confirma que desaparecidos em Icaraíma se encontraram com suspeitos
Ainda durante a entrevista, o advogado de Alencar afirmou que no dia 5 de agosto, a vítima saiu de casa por volta das 8 horas da manhã, com destino ao sítio dos Buscariollo, para cobrar novamente a dívida de R$ 255 mil.
Cordeiro confirmou que os quatro homens encontraram Antonio Buscariollo e Paulo no sítio, no dia do crime. “Ficaram de se encontrar no pesqueiro dos Buscariollo para a tratativa final”.
Em entrevista para a Ric RECORD Maringá, o advogado Renan Farah, que representa Antônio e Paulo Buscariollo, disse que os clientes são inocentes, e que o sinal do celular de pai e filho vai provar que os dois não estiveram no local do crime.
“Nós vamos conseguir provar que não foram eles. Eles não viram as duas outras vítimas no dia seguinte ao do primeiro encontro”, concluiu.

Cobradores desaparecidos em Icaraíma
Diego saiu de Olímpia, no interior do estado de São Paulo, junto dos amigos Rafael e Robishley, moradores de São José do Rio Preto (SP), para tentar receber cerca de R$ 250 mil referentes à negociação de uma propriedade rural.
O grupo viajou no dia 4 de agosto e chegou à cidade paranaense no fim da tarde. Lá, eles teriam se encontrado com Alencar.
Suspeitos seguem foragidos
Os suspeitos teriam feito duas compras no dia 6 de agosto, a primeira de manhã e a segunda no período da noite. O valor seria de aproximadamente R$ 10 mil, com pagamento à vista, em dinheiro.
As notas fiscais servem de indício para a polícia de que os suspeitos já tinham a intenção de fugir depois de serem informados que eram investigados pelo desaparecimento. Além disso, essa movimentação reforçou a tese das autoridades de que o possível assassinato dos quatro homens teria sido planejado.
Até o fechamento dessa matéria, os dois suspeitos seguiam foragidos.
*Com supervisão de Jorge de Sousa
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