O segundo motim na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) em menos de cinco dias continua fazendo dois agentes penitenciários reféns. Na noite de terça-feira (16), os 70 presos que se rebelaram não chegaram a um acordo para suspender a rebelião. As negociações foram retomadas no início da manhã desta quarta-feira (17).
Os agentes foram rendidos durante o café da manhã e entre as reivindicações está a reforma das dez celas que foram destruídas no final de semana durante a última rebelião. Desde de dezembro de 2013, esta é a 20ª rebelião registrada em penitenciárias do Estado.
O foco da rebelião está na galeria A, do bloco 3, e segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindaspen) nela estão localizados os presos que lideraram o mais recente motim que provocou a transferência de 43 detidos.
Segundo a PM, há uma negociação em andamento e existe a possibilidade de a rebelião terminar no final da noite.
Conforme o presidente do Sindaspen, Antony Jhonson, há a possibilidade de a categoria entrar em greve, mas a definição deve acontecer após uma assembleia que será realizada na manhã de quarta-feira, 17. Para o presidente, a recente transferência de presos das delegacias para os presídios provocou esses problemas. “Isso que está acontecendo não é uma surpresa, uma hora iria acontecer, pois houve as transferências para os presídios e com isso aumentou muito a população carcerária, não tem como os profissionais trabalharem com esse estresse”, reclamou.
Por causa dos recentes motins, o governo do Estado acionou o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para investigar as causas das rebeliões e se há algum agente público envolvido nos motins.
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