O número de rebeliões em cadeias do Paraná assustam. Apenas nos últimos 9 meses foram registrados 18 motins em várias cidades do Estado. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, 27 agentes foram feitos reféns nesse período. Segundo o órgão que defende a categoria, o problema sempre é transferido de lugar e nada se resolve. O SINDARSPEN ameaça entrar em greve para cobrar melhorias nas condições de trabalho.
Para o sindicato, “o Sistema Penitenciário do Paraná não tem condições de desenvolver atividades essenciais com segurança e os presos não têm seus direitos básicos atendidos”, diz texto no site da instituição afirmando que sistema penitenciário do Estado “está falido”.
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Histórico recente
Nos últimos 3 meses a rebelião em Cruzeiro do Oeste, encerrada nesta quinta-feira (11), foi a sétima registrada no Estado.
No último fim domingo (07), um motim na cadeia pública de Guarapuava, na região central do Paraná, foi encerrado depois de 9 horas. Segundo a Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Seju), três agentes carcerários foram feitos reféns.
No dia 24 de agosto, os detentos de Cascavel fizeram dois agentes reféns, durante o café da manhã, e deram início à rebelião mais sangrenta do Paraná. O motim durou 45 horas e cinco presos foram mortos, dois deles decapitados.
A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu I (PEF I) foi palco de duas rebeliões em menos de um mês. No dia 19 de agosto, quatro agentes foram feitos reféns, e no dia 22 de julho, outros dois agentes ficaram sob ameaças de detentos durante negociações. Neste mesmo dia, nove presos do Bloco 01 da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) renderam um agente penitenciário. Uma semana antes a PEP II já havia registrado outra rebelião, no dia 16 de julho.