Os agentes penitenciários de todo o Paraná decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (29). A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada no dia 17 deste mês. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) protocolou o comunicado na última segunda-feira. A paralisação será por tempo indeterminado.
A falta de segurança é a principal motivação para a greve. Os agentes hoje estão com medo de trabalhar. Desde dezembro de 2013, até hoje, foram 20 rebeliões com 31 agentes reféns, informou o Sindarspen em nota.
Para o sindicato, a greve geral foi a última ferramenta para reivindicar a pauta da categoria. “A deflagração de greve foi colocada como último recurso disponível para que o governo atenda as reivindicações que garantem segurança dentro das unidades”.
“No entanto, definimos pelo dia 29 de setembro para garantir todos os prazos legais e para que o Governo chame a categoria para negociar propostas que atendam as necessidades dos trabalhadores”, explica Antony Johnson, presidente do Sindarspen.
“Vamos apenas assumir os postos para manter a segurança dentro das unidades e garantir as mínimas condições aos presos. Infelizmente essa medita extrema foi necessária para que o Estado invista no Sistema Penitenciário e para que as unidades voltem a ter segurança e que cumpram com o seu objetivo que é a ressocialização do apenado aliada com dignidade humana aos detentos”, afirmou.
O sindicato apresentou um requerimento para que o governo tome algumas medidas emergenciais de segurança, como colocar a PM para dar apoio nas unidades mais criticas no momento, como a PEL II de Londrina, PEF II em Foz do Iguaçu e a PEFB em Francisco Beltrão.
Estamos em diálogo com o governo, porém, nada foi apresentado de concreto sobre a pauta de reivindicações. Não queremos ser irresponsáveis, trabalhamos com vidas dentro das unidades, e nosso movimento grevista nada tem a ver com o período eleitoral, e não aceitaremos que qualquer candidato faça uso disso, finaliza o comunicado.