Os trabalhadores protestam contra o assassinato de dois agentes penitenciários e pedem melhores condições de trabalho
A paralização dos agentes penitenciários do Estado começou na manhã desta segunda-feira (30) e deve durar, pelo menos, até quinta-feira (02). Os trabalhadores protestam contra a morte do segundo agente penitenciário paranaense em menos de 15 dias. Além disso, eles também pedem melhores condições de trabalho e mais segurança dentro e fora dos presídios. O início da greve nesta manhã é marcado por um ato em frente do Complexo Penitenciário de Piraquara, região metropolitana de Curitiba.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) afirma que a paralisação durante os próximos três dias é necessária para estabilizar o clima de tensão e insegurança dentro das cadeias do Paraná. “As unidades estão instáveis e inseguras. Os agentes estão temerosos com tantas ocorrências contra a vida dos servidores. Precisamos de segurança e por isso os procedimentos como escola, visitas, trabalho, pátio de sol, entre outros, ficarão prejudicados”, informou o vice-presidente do sindicato Petruska Sciervoski.
Dois agentes penitenciários foram mortos no mês de março
O corpo do agente penitenciário Cleverson Curupana, de 38 anos, foi encontroado na tarde de sábado (28), no bairro Rio Verde, em Colombo, também na região metropolitana. Segundo informações da Polícia Militar, um veículo passou atirando contra o agente e acertou vários tiros na cabeça da vítima.
No último dia 16, dois homens invadiram o Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava e assassinaram o agente Marcelo Pinheiro, de 31 anos, que estava de serviço no local.
“O governo sucateou as unidades prisionais. O reflexo desta omissão ultrapassou todos os limites. Os problemas agora vão além das constantes rebeliões de presos. O que estamos vendo é uma sequência de atrocidades dentro das penitenciárias e também fora delas. As ameaças contra a vida dos trabalhadores estão se concretizando”, criticou Petruska Sviercoski.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) ainda não se manifestou sobre a paralisação nos presídios.