
Os presos, que se intitulam como ‘Máfia Paranaense’ iniciaram a rebelião no final da tarde deste domingo (1º) e pedem por melhorias
Quatro agentes penitenciários continuam reféns na manhã desta segunda-feira (2), na Casa de Custódia de Curitiba. Os presos, que se intitulam como ‘Máfia Paranaense’, iniciaram uma rebelião no final da tarde deste domingo (1º) durante a contagem dos detentos.
Negociações
Segundo Ricardo de Carvalho, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Paraná (Sindarspen), a situação começou porque os presos da galeria A, que abriga 172 pessoas, queriam pegar detentos de outra galeria que fazem parte de um grupo rival. De acordo com as primeiras informações, que ainda não foram confirmadas pelas autoridades, os agentes foram surpreendidos por presos que estavam em uma área de banho.
Cezar Kister, Tenente-Coronel da Polícia Militar (PM), afirmou que contenções estão sendo feitos na área e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) está responsável pela negociação com os detentos. “Para nós é normal a negociação e leva tempo, já que nem tudo que é pedido é possível entregar” contou Kister.
Agente penitenciário liberado
Quatro horas depois do início da rebelião, uma ambulância da Samu saiu da Casa de Custódia, gerando muita movimentação no local e preocupação dos familiares. Depois a informação chegou: um agente penitenciário havia sido liberado. A presidente do Conselho de Comunidade da Região Metropolitana de Curitiba, órgão de execução penal, Isabel Mendes, afirmou para à equipe de reportagem que o agente foi liberado após muita negociação, já que ele estava ferido.
Transferência de presos
Um preso condenado por matar um policial federal em 2010, no centro de Curitiba, e outro condenado por homicídio são apontados como os líderes da rebelião. Detentos fizeram contato de dentro da Casa de Custódia com a equipe da RICTV | Record e contaram que integrantes de um dos grupos que comanda a cadeia foram transferidos, e isso causou revolta entre os detentos. Já os líderes afirmam que só querem melhorias, entre as reinvidicações está a medicação e a segurança, já que existe muita briga entre grupos rivais.
*Com informações do repórter Marcelo Borges, da RICTV Curitiba