
As alunas querem que um dos professores acusados também seja afastado das funções na instituição
*Com informações do repórter Fábio Guillen, da RICTV Maringá e R7
Alunas da Universidade Estadual de Maringá protestaram na manhã desta quarta-feira (28) pela decisão da reitoria em não afastar um dos professores acusados de abuso sexual na instituição. O repórter Fábio Guillen, da RICTV Maringá, foi até o local conferir as reivindicações:
Alguns cartazes foram produzidos pelos alunos e afirmam que dar em cima das alunas não é normal. Outro diz que “meio” assédio não existe. As primeiras denúncias de assédio sexual e moral na universidade surgiram em 2014.
Com o grande fluxo de denúncias, um processo administrativo contra dois professores foi aberto em outubro de 2016. Nele, professores do Departamento de História são investigados por suspeita de assédio sexual.
No início de março, durante uma colação de grau, estudantes do curso protestaram com cartazes denunciando mais uma vez os abusos. Algumas faixas continham os dizeres: “Lugar de professor abusador é na rua” em outro “Dar em cima das alunas não é normal, é assédio”, demonstrando a indignação das alunas.
Os professores investigados foram punidos nesta terça-feira (27) com repreensão e suspensão por assédio sexual, conforme portaria. Um dos docentes sofreu uma falta disciplinar de natureza leve e outro suspensão de 90 dias, sem remuneração.
O reitor da UEM, Mauro Baesso, e responsável pela definição das sanções, acatou parcialmente o relatório final. Na portaria afirma-se que o reitor entendeu que as sanções sugeridas “não guardam proporcionalidade com as naturezas das infrações efetivamente comprovadas nos autos”. Ele ainda indagou que não foram comprovadas todas as condutas apontadas no relatório.
A assessoria de imprensa da Universidade Estadual de Maringá foi procurada, mas não havia se manifestado até a publicação desta matéria.
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