A jovem suspeita pelo envio do bolo envenenado que matou a amiga, Ana Luiza de Oliveira Neves, foi encaminhada para a Fundação Casa, em Itapecerica da Serra, por volta das 17h de terça-feira (3), após a Justiça conceder o pedido de apreensão. Além de Ana, a jovem confessou ter enviado bolo envenenado à outra menina, que sobreviveu.

Bilhete da tentativa de envenenamento.
Bilhete misterioso esteve nos dois crimes cometidos pela jovem (Foto: reprodução/ redes sociais)

Ana Luiza, segunda vítima da jovem, recebeu o bolo de pote em casa, no final da tarde de sábado (31). O “presente” chegou com um bilhete, então a adolescente comeu sem suspeitas. Aproximadamente uma hora após a ingestão, a vítima começou a passar mal.

Com uma piora, o pai da vítima levou-a para um hospital particular. No local, ela foi atendida pela equipe médica e diagnosticada com um quadro de intoxicação alimentar. Após ser medicada, ela apresentou uma melhora e foi liberada. Porém, no dia seguinte, Ana Luiza teve uma piora e foi encaminhada ao pronto-socorro, aproximadamente às 16h, mas já estava sem vida.

Primeira vítima do bolo de pote envenenado

Com a repercussão do caso, uma adolescente, não identificada, revelou em entrevista exclusiva ao Cidade Alerta que dias antes teria sido alvo do mesmo estilo de envenenamento. Segundo ela e a mãe, já havia algumas suspeitas, mas acabaram não fazendo um boletim.

A vítima, afirmou que também recebeu o bolo acompanhado de um bilhete, o que tem sido compartilhado, mas que acreditou ser de um admirador. Mas após algumas horas, ela e a colega de trabalho, que teria dividido o bolo, começaram a passar mal. A adolescente também ficou hospitalizada, mas conseguiu sobreviver.

“Eu sei o que passei, foi horrível, foi uma sensação péssima! Assim que vi que ela também tinha passado pelo que passei, eu fiquei muito mal pela situação e foi aonde a gente quis ir mais além. Para não acontecer com mais pessoas também”, afirmou a vítima.

Mãe da vítima lamenta e confessa ter se arrependido de não ter feito um BO

A mãe da menina lamentou a morte de Ana Luiza e disse que se arrepende de não ter procurado à polícia, pois poderia ter evitado o segundo envenenamento. A mesma, também revela que foi através da repercussão do caso que notou os sintomas parecidos pelos quais sua filha tinha apresentado quando comeu o bolo.

“Quando eu ouvi o áudio dela, percebi que poderia ter sido a minha filha. Então eu agradeço a Deus pela minha filha estar bem e com vida. Mas eu me entristeci pela outra moça (Ana Luiza)”, comentou a mãe da primeira vítima.

Segundo ela, os médicos também afirmaram que o doce estaria infectado, provavelmente o mesmo ácido arsênico utilizado no doce de Ana Luiza.

“Por ciúmes”

A jovem apreendida revelou, em depoimento divulgado, que envenenou o doce “por ciúmes” e afirmou que queria apenas “dar um susto” em Ana Luiza. Ela e a vítima eram amigas, e Ana chegou a dormir na casa da família na véspera do envenenamento. Já a outra vítima, que sobreviveu, também foi alvo da jovem por “ciúmes”, pois alguns ex-namorados teriam terminado com ela para se relacionar com a vítima.

*Com supervisão de Guilherme Becker

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Alana de Abreu

Estagiária de jornalismo

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.