O deputado paranaense André Vargas (sem partido-PR), que teve o mandato parlamentar cassado nesta quarta-feira (10) por quebra de decoro nas relações pessoal que mantinha com o doleiro Alberto Youssef, afirmou que seu caso é “insignificante” diante dos “crimes da Petrobras”.
André Vargas era um dos líderes do PT no Paraná e foi pressionado a deixar o partido em meio às acusações de envolvimento com o doleiro, pivô da Operação Lava Jato. ”Me sinto injustiçado, pois, além de não ter tido meu direito de defesa, fui cassado em função de um voo que até o momento nem inquérito no Supremo virou”, afirmou o ex petista depois do resultado da sessão que cassou seu mandato. O deputado teria usado um jatinho pago por Youssef durante uma viagem com a família.
O deputado Julio Delgado (PSB-MG), relator do processo contra Vargas no Conselho de Ética, defendeu que o ex-parlamentar trabalhou em favor dos interesses da rede articulada por Youssef.
“Ceifaram 25 anos de vida pública com resultados positivos, visíveis no Paraná e no Brasil”, Lamentou Vargas destacando que seu nome não foi citado nos vazamentos da operação. “Estou triste, mas tenho certeza que este critério severo servirá para julgar aqueles casos que virão à tona o ano que vem”, previu.
André Vargas teve o mandato cassado por 359 votos a favor e um voto contra, do petista José Airton (PT-CE). Seis parlamentares se abstiveram da votação. Marcelo Beltrão de Almeida (PMDB-PR) é quem assume a vaga na Câmara.