Ex-miss foi solta após ganhar habeas corpus. (Foto: Reprodução RIC TV)

A suspeita foi acusada do sequestro de um empresário curitibano, com quem já tinha trabalhado

A ex-miss Pinhais Karina Reis, de 25 anos, suspeita de ser mentora do sequestro de um empresário curitibano, foi liberada da Penitenciária Feminina de Piraquara, após conseguir um habeas corpus, no último sábado (30). A decisão foi tomada pela 2ª Vara Criminal de Pinhais. A Justiça entendeu não haver indícios suficientes para a garota ficar presa.

Seu advogado, Guilherme Menezes dos Santos, alega que, pela falta de provas suficientes para a condenação de sua cliente, não existiam motivos para ela permanecer presa. “Aguardamos a ação do Ministério Público e também a audiência de instrução, para podermos apresentar todas as provas e comprovar que Karina não teve participação no crime”, disse ele. 

A suspeita teria arquitetado o plano com o seu namorado, um policial que trabalhava no Comando Geral do Estado do Paraná.

Karina começou a trabalhar com o empresário e, após criar um vínculo de amizade, teria levantado informações acerca dos hábitos do patrão. Ao descobrir que ele recebia os clientes em um local fora do escritório para a assinatura de contratos, ela teria repassado, segundo a acusação, todos os passos para seu comparsa, que então teria executado o crime com a ajuda de mais duas pessoas.

A polícia acreditava que a garota tinha uma participação secundária no caso mas, ao descobrir que ela trabalhou como funcionária da vítima, intensificou as investigações.

O sequestro

Para atrair a vítima, os criminosos tentaram, por várias vezes, marcar uma reunião de negócios com o empresário, sem sucesso. Quando ele finalmente atendeu ao pedido do grupo, acabou sendo raptado, amordaçado e mantido em cárcere privado, em um cativeiro no bairro Jardim Botânico. O fato da vítima ser dono de um escritório renomado de publicidade em Curitiba foi a principal motivação para o crime.

Em um segundo contato com a mulher do empresário, o grupo fez o pedido de resgate. Um dos criminosos, ao dirigir o carro da vítima, não contava que o veículo estava sendo rastreado pela Polícia Civil. Preso em flagrante, o motorista mostrou o local do cativeiro e, em menos de uma hora após a prisão dos sequestradores, o empresário já estava junto da família, após a ação policial.  

A ex-miss foi presa cerca de 20 dias depois do sequestro. Inicialmente, a polícia não acreditava em sua participação no crime. 

A mãe do policial militar, que testemunhou o sequestro e as ligações dos suspeitos, foi presa por conivência, mas já está em liberdade.

Segundo o advogado de Karina, sua cliente não tinha mais contato com o empresário desde 2013, quando trabalhou cerca de trinta dias com ele. Para o advogado, o fato dela ser namorada do policial que realizou o sequestro foi uma “infeliz fatalidade”.

O policial militar Janerson Gregório da Silva segue detido no Batalhão da Polícia Militar em Piraquara, mas sua defesa entrou com um pedido de liberdade.