Curitiba - Marcos Silas Neves de Souza, o Marcos Silas, líder do Cartel do Sul, facção criminosa nascida no Paraná e apontada por controlar rotas de tráfico internacinal de drogas para a Europa, via Porto de Paranaguá, pode revelar “verdades secretas” com a chegada do advogado criminalista Claudio Dalledone Junior em sua defesa.

Nos bastidores da crônica judiciária, política e policial, o anúncio de Dalledone como advogado de defesa de Silas e sua esposa, Thais Cardoso, gerou agitação. O criminalista é conhecido por não economizar na produção de prova técnica e atua com investigações defensivas que evisceram não apenas os fatos, mas o contexto e todos os personagens que de alguma forma estiveram envolvidos com esses fatos. Trocando em miúdos, suas defesas costumam alcançar a tudo e todos que de alguma forma estiveram envolvidos.
Dalledone já esteve em Campo Grande e conversou com Marcos Silas. O conteúdo, segundo fontes ouvidas pela Coluna Arquivo Aberto, tratou desde as acusações já conhecidas como tráfico internacional e organização criminosa, a supostos crimes de extorsão que o chefe do Cartel do Sul teria sofrido. A conversa teria sido reveladora trazendo nomes de envolvidos que ainda passam acima de qualquer suspeita.
As “verdades secretas” que Marcos Silas, em tese, guarda consigo no isolamento do Presídio Federal de Campo Grande foram conhecidas por seu novo defensor, é o que afirmam pessoas próximas ao criminalista. Nomes de advogados, além de pessoas influentes no cenário político, estariam relacionados não somente as acusações de corrupção, como também em um esquema de extorção e até mesmo de crimes de estelionato.
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Prisão da esposa revogada
Há 15 dias na defesa de Marcos Silas e Thais Cardoso, Dalledone já contabilizou sua primeira vitória no judiciário federal, conseguindo a revogação da prisão preventiva de Thais, esposa de Silas, no processo que investiga o assassinato de Adenilson Rita, o Randap, dentro da Casa de Custódia de São José dos Pinhais.
A influência de Silas
Marcos Silas é um dos narcotraficantes internacionais mais poderosos do país. Sua habilidade em fazer negócios e se relacionar com pessoas o levaram a abrir caminhos e rotas internacionais para exportação de cocaína via Porto de Paranaguá. Mais do que isso, é acusado de montar um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro usando empresas de importação e exportação como fachada.
A estrutura montada por Silas teria alavancado as exportações de cocaína do Primeiro Comando da Capital, o PCC, na época. Mas o narcotraficante paranaense decidiu usar sua influência para uma causa própria e fundou o Cartel do Sul se consolidou. Sua ousadia lhe rendeu mais poder e influência e suas relações com narcotraficantes da América do Sul. Acusações de tráfico de influencia e corrupção de agentes públicos provocaram a sua transferência para um presídio federal, onde segue preso em regime de isolamento há três anos.
O Maleiro
Nos bastidores o principal tema tratado desde o anúnico da chegada de Dalledone a defesa de Marcos Silas, é de um suposto estelionato praticado por um advogado há alguns anos. É fato narrado, mas não confirmado, que um operador do direito em condições bem precárias na época se apropriou de alguns milhões de Marcos Silas com promessas nada republicanas. Toda a tratativa teria sido feita com a esposa de Silas, Thais Cardoso. O personagem, que não se sabe se é real, é chamado de maleiro.
Os olhares mais atentos esperam ansiosos pela confirmação, ou descarte desse rumor que há anos circula na capital paranaense. Será verdade o caso do maleiro que virou milionário? Só o tempo irá dizer.
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