Advogado diz que policial aposentado foi "intimado" por ex-colega de corporação e reagiu

por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RICtv
Publicado em 4 abr 2022, às 14h08.

Segue preso o policial civil aposentado Ninrod Jois Santi Duarte Valente, de 60 anos, suspeito de matar o ex-colega de corporação, José Augusto Mendes Paredes, de 53 anos. Nesta segunda-feira (4), o advogado de Valente, Claudio Dalledone, conversou com a equipe da RICtv e afirmou que o cliente foi levado pela vítima até a distribuidora de bebidas onde o crime aconteceu e que foi “intimado” por ele. O homicídio foi registrado na madrugada de domingo (3).

Conforme Dalledone, Valente está doente, com câncer, e com dificuldades de locomoção. Ele teria sido “carregado” por Paredes, que era ex-policial civil, e outros homens até a distribuidora de bebidas no bairro Batel, onde houve uma discussão.

 “Ele é carregado, ele não consegue andar. E lá no bar que o Guto frequentava, ele recebe esse enquadro, essa intimada. Ele foi cobrado de circunstâncias que ele censurava, que ele não gostava e não apoiava. O policial Valente foi cobrado de algo que vai ter repercussão inclusive em outras investigações que estão em aberto. Que são coisas muito sérias, muito graves, que com absoluta certeza vão abalar algumas conclusões de alguns inquéritos que estão em aberto”,

afirmou o advogado.

Dalledone ainda frisou que Paredes estava sendo investigado por outras situações e chegou a ser preso pela Polícia Federal, acusado de roubo. O ex-policial civil foi exonerado da corporação em 2021 e respondia por homicídio de trânsito, suspeito de ter atropelado, matado e fugido sem prestar socorro em um acidente registrado em 2006.

Valente era primo de Paredes, mas apesar da proximidade, os homens são se davam bem. O desentendimento deles teria começado após a morte de um policial civil que foi assassinado a tiros em um barracão na BR-116.

Após atirar contra Paredes, Valente aguardou a chegada da polícia, se entregou e disse que agiu por acreditar que Paredes estaria armado. Valente ainda não foi ouvido pela Polícia Civil e, por ter sido agente da corporação, está detido em cela separada na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

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