A família da jovem Amanda Albach, 21 anos, que foi encontrada morta numa praia de Imbituba (SC), nesta sexta-feira (03), já teve outra tragédia em sua história. Em 2010, os irmãos de Amanda, Francieli Albach de Souza Silva, na época com 23 anos, e o irmão delas de 11 anos, foram executados a tiros por traficantes em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba.
Francieli estava no sofá de casa quando traficantes invadiram o local, que ficava na invasão da Sapolândia, no bairro Gralha Azul, e a mataram. O irmão mais novo dela, de 11 anos, estava num quarto dormindo. Seria a primeira vez que ele passava a noite na casa da irmã. Mas deve ter acordado com os tiros e o barulho que ele fez no quarto atraiu a atenção dos marginais, que invadiram o local e excutaram o menino com dois tiros na nuca. O filho de Francieli, de 3 anos, foi poupado.
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Darcilma, mãe dos jovens, está inconsolável e à base de remédios.
“Ela nem superou o de antes (a execução dos filhos em 2010) e agora isso”,
Crime
Amanda saiu de casa em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, no dia 14 de novembro, para ir a festa de aniversário em Jurerê Internacional, na capital catarinense, local que ela esteve no dia anterior, a trabalho. Ela chegou, dormiu na casa de amigos que conheceu em Fazenda Rio Grande e foi à festa no dia seguinte. A confusão teria ocorrido na festa.
Amanda viu que um de seus amigos, Douglas, portava uma arma. Então tirou foto do objeto e mandou a alguns amigos. Douglas notou a atitude e tomou o celular dela. Começou a ver os contatos no Whats App e os amigos dela já perguntando do que se tratava aquela arma.
Conforme o delegado Bruno Fernandes, de Laguna (SC), Douglas ficou bravo, manteve Amanda por cerca de 12 horas em cárcere privado, na sua casa, até que a levou à praia de Itapirubá, em Imbituba (SC). Com uma pistola calibre 9 milímetros apontada à cabeça, a jovem foi obrigada a cavar a prória cova. Antes de executá-la, Douglas ainda a fez mandar um áudio para a família, informando que já estava pegando um carro de aplicativo para voltar e que de madrugada já estaria em casa. Em seguida, a executou e a enterrou.
Além de Douglas, o irmão dele e a esposa, Daiane, foram presos na quinta-feira (02) em Canoas (RS). Eles foram levados à delegacia de Laguna (SC), onde confessaram o crime e Douglas indicou onde estava o corpo.